Descrição de chapéu Inovação Educativa

Movimento lança plataforma digital para disseminar ideias inovadoras nas escolas

Iniciativa dá continuidade a projeto de mapeamento de instituições iniciado pelo Ministério da Educação

Helena Singer, socióloga e vice-presidente da Ashoka América Latina, Mila Gonçalves, gerente de programas sociais da Fundação Telefônica Vivo, e Natacha Costa, diretora-geral da Associação Cidade Escola Aprendiz, durante o 3º fórum Inovação Educativa, realizado pela Folha, em São Paulo - Keiny Andrade/Folhapress
Bianka Vieira
São Paulo

Uma plataforma digital na qual educadores e instituições de ensino de todo o Brasil possam conectar-se uns aos outros e compartilhar experiências sobre iniciativas inovadoras. Esse é o objetivo da plataforma (movinovacaonaeducacao.org.br) lançada pelo Movimento Inovação na Educação, nesta quinta-feira (23), em São Paulo.

O movimento tem representação das entidades Ashoka América Latina, Associação Cidade Escola Aprendiz e Fundação Telefônica Vivo.

O lançamento foi feito no 3º fórum Inovação Educativa, evento realizado pela Folha em parceria com a Fundação Telefônica Vivo, no auditório da Unibes Cultural.

“O que os educadores querem é conversar entre si. Inovação não é um conceito fechado e, quando é verdadeira, também significa transformação”, afirmou Natacha Costa, diretora-geral da Associação Cidade Escola Aprendiz.

A plataforma dá continuidade a iniciativa do Ministério da Educação que, em 2015, identificou 178 escolas no mapa de inovação e criatividade na educação básica.

“Inovar, no campo social, inclui o que as pessoas criam no seu cotidiano para enfrentar os desafios sociais. Sempre se falou muito sobre acesso à escola e pouco sobre inovar. Estamos no século 21 com modelo e critérios para medir qualidade do século 20”, afirmou Helena Singer, socióloga e vice-presidente da Ashoka América Latina.

De acordo com Singer, o chamado feito pelo  Ministério da Educação incluiu instituições que se reinventaram a partir de demandas e desafios da atualidade. Entre os critérios para seleção, buscaram-se escolas onde a inovação era manifestada no espaço físico, na metodologia dos educadores, na relação com a comunidade e na gestão.

“Em 2016, concluímos que o mapeamento precisava continuar, porque obviamente não existiam só essas escolas que souberam da chamada do ministério e foram reconhecidas. Elas também estavam inspirando outras iniciativas e o processo estava continuando”, disse a socióloga.

As dimensões continentais do Brasil desafiam o planejamento de ações que integrem diferentes contextos sociais. Segundo as especialistas, nesse sentido, a ferramenta digital é solução rápida para a difusão de conteúdo.

“É uma iniciativa que nasceu no Ministério da Educação por questões políticas, mas que a sociedade também tem o seu papel. Eu pensava: ‘E aquelas escolas que receberam o selo de inovação, ninguém mais vai conversar com elas?’”, afirmou Mila Gonçalves, gerente de programas sociais da Fundação Telefônica Vivo.

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