Descrição de chapéu Festival Design Weekend

Escolas debatem design multicultural e mobiliário brasileiro

Exposições, palestras e bate-papos estão em programações da Belas Artes, do IED e da EBAC

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São Paulo

As instituições de ensino que participam desta edição do Design Weekend discutirão em suas programações os temas design multicultural, mobiliário brasileiro e criatividade.

Um dos parceiros mais antigos do evento, o IED (Istituto Europeo di Design) terá cerca de 30 atrações, entre exposições, palestras e bate-papos.

Istituto Europeo di Design (IED) durante a DW, em 2018
Istituto Europeo di Design (IED) durante a DW, em 2018 - Henrique Thoms/Divulgação

Os eventos da escola são norteados pela ideia de design multicultural. Com o processo de globalização, o conceito aponta que não é mais possível definir um produto pelo local onde foi feito, já que as culturas estão cada vez mais integradas. Ao mesmo tempo, para essa linha de design é importante que um objeto seja entendido por pessoas com repertórios diferentes. ​

O objetivo do IED ao abordar esse tema é refletir sobre o nosso tempo, afirma RicPeruchi, curador do Higienópolis Design Hub. Entram em sua programação, por exemplo, uma conversa sobre alimentação fora de casa e como o mercado está se adaptando às novas formas de consumo de comida. Há ainda um ciclo de palestras dedicado ao design de espaços, que precisa desenvolver soluções para novas configurações de famílias. 

Segundo o curador, o design deve pensar hoje, por exemplo, em ambientes nos quais moram “novas” famílias, sem laço de sangue —caso de amigos que vivem juntos para enfrentar os preços dos imóveis em grandes cidades. 

Enquanto o IED pensa nas questões presentes, a Belas Artes revê em sua programação a história do mobiliário nacional com uma mostra sobre Carlo Hauner (1927-1996) e Martin Eisler (1913-1977).

Hauner comprou a fábrica da arquiteta Lina Bo Bardi, onde começou sua produção de móveis. Em 1960, com Eisler como sócio, começou a trazer para o Brasil peças mais modernas.

A dupla criou, assim, uma coleção de móveis que se descola da ornamentação europeia e se inspira na tropicalidade brasileira, com uso de materiais industriais, como o ferro. Segundo a curadora Isabela Milagre, é uma fase da produção no Brasil reconhecida internacionalmente.

A exposição, realizada na escola, inclui 30 peças e uma instalação em vídeo apresentando processos de restauros de móveis criados pelos artistas. 

Já a instituição mais nova entre as participantes, a Escola Britânica de Artes Criativas, voltará suas atividades ao universo da criatividade —e ao futuro.

Estão previstas cinco palestras no prédio da escola, na Vila Madalena. O destaque é a aula “visão futura do viver dentro do design e da arquitetura”, com o arquiteto Fernando Forte, sócio da FGMF. Entre os projetos do escritório, está o da Japan House, realizado em parceria com o japonês Kengo Kuma.

Design Weekend
​De 18 a 25 de agosto, acontece em mais de 120 pontos de São Paulo, com atrações gratuitas e pagas; a programação completa estará disponível a partir de 13 de agosto no site designweekend.com.br
 

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