Os fones que vêm com os celulares fazem com que qualquer canção pareça estar tocando dentro de uma lata. Você até pode achá-los razoáveis, mas está errado: precisa de fones melhores. 

Testei mais de 12 tipos, e tenho boas notícias: existe um modelo para você. Mas é preciso avisar: os melhores estão acima de US$ 150 (cerca de R$ 590).

Eis uma dica para testar qualquer fone de ouvido que você venha a ter. Ouça uma canção e tente prestar atenção a um só instrumento —bons fones permitirão que cada instrumento brilhe. Maus fones transformam a mixagem em uma maçaroca sonora.

Nos meus testes, os fones mais caros tipicamente tinham som melhor. Uma dica valiosa é que a diferença entre o Skullcandy Venue, de US$ 180 (R$ 700), e o Beoplay H9i, de US$ 500 (R$ 1.900), era menor do que eu imaginava. 

Os graves do Skullcandy são um tanto imprecisos e sujos, comparativamente, e o palco sonoro que ele oferece é menos amplo, de modo que tudo soa um pouco menos vivo. 

O Skullcandy, como todos os demais produtos em minha lista, fica mais perto do luxuoso Beoplay do que dos meus Apple Airpods.

Pagar mais faz mais diferença em termos de cancelamento de ruído. 

Aqui vão minhas dicas: os melhores modelos nesse quesito —Sony WH-1000XM3, Beats Studio 3 Wireless e Bose QC35 II— fazem com que todos os traços das conversas dos colegas, o zumbido do ar-condicionado e o rangido do trem desapareçam. 

Mesmo que você queira economizar, vai ter de gastar pelo menos US$ 150. Nesse caso, escolha o Sennheiser HD 4.50. Não é o modelo mais dinâmico, mas o som é muito bom.

Se o custo não for problema, compre o Master & Dynamic MW60. Com estilo retrô, som impecável e protetores de ouvido removíveis, você não sentirá necessidade de trocá-lo por um bom tempo. 

Se deseja a melhor escolha em termos gerais, fique com o Sony WH-1000XM3, de US$ 350 (R$ 1.300). É um dos pares mais confortáveis, poderosos e duráveis que você vai encontrar, e faz tudo muito bem (e, sim, supera o Bose QC35 II, por margem muito pequena).
 

The Wall Street Journal, traduzido do inglês por Paulo Migliacci