Johnson & Johnson vai usar Apple Watch para estudo de saúde cardíaca

Aplicativo deve detectar sinais de arritmia que com frequência passa despercebida

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Kimberly Chin
Nova York | The Wall Street Journal

A Johnson & Johnson se uniu à Apple em um estudo que testará a capacidade do Apple Watch em ajudar a antecipar a detecção de problemas cardíacos em pessoas com arritmia.

A Janssen Pharmaceuticals, parte da família Johnson & Johnson, trabalhará no estudo, cujos detalhes serão divulgados em breve. 

A Janssen usará um app de monitoramento cardíaco desenvolvido pela empresa para a versão mais recente do Apple Watch, relógio da marca. 

O aplicativo ajudará a detectar os ritmos cardíacos irregulares de pessoas que sofrem de fibrilação atrial, uma arritmia que muitas vezes passa despercebida e pode tornar os portadores mais propensos a derrames. A doença atinge entre 2,7 milhões e 6,1 milhões de pessoas nos EUA.

O estudo é a mais nova tentativa de aproveitar a presença ampla do aparelho móvel e testar sua capacidade de ajudar no monitoramento ou melhora da saúde. 

A Apple permitiu que pesquisadores médicos e desenvolvedores usem suas plataformas ResearchKit e CareKit para criar apps que permitem iniciar, operar e acompanhar testes clínicos, usando a tecnologia do Apple Watch.

Em 2017, a Apple divulgou um estudo que ela mesma conduziu, em colaboração com pesquisadores da Universidade Stanford, a fim de testar a capacidade do relógio para acompanhar batimentos cardíacos irregulares. Mais de 400 mil pessoas participaram. 

Em dezembro, ela lançou um app para eletrocardiogramas, no Apple Watch Series 4, que pode ser baixado por usuários que desejem verificar seu ritmo cardíaco.

“Se as pessoas conseguirem feedback com essa tecnologia e se cuidarem devidamente, esperamos que o estudo reduza o risco de derrames”, disse Paul Burton, vice-presidente de assuntos médicos da Johnson & Johnson.

O programa de pesquisa plurianual será iniciado em 2019. Estará disponível para pessoas de 65 anos ou mais nos Estados Unidos, que consintam em participar do estudo.

A Johnson & Johnson afirma que nem ela e nem a Apple terão acesso a dados que permitam identificar pacientes e que a informação tampouco será fornecida a provedores externos de serviços, tais como companhias de serviços de saúde ou operadoras de plano de saúde.

Traduzido do inglês por Paulo Migliacci
 

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