Grandes quantidades de dados de consumidores coletados por gigantes de tecnologia permitem que elas obtenham uma vantagem competitiva e representam uma ameaça à concorrência, afirmou Rohit Chopra, da Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, sigla em inglês).
Os dados pessoais estão fortalecendo o domínio das empresas de tecnologia que oferecem serviços de graça, que em última análise "não são realmente gratuitos", disse o comissário Chopra, democrata, ao subcomitê antitruste da Câmara dos Deputados durante uma audiência.
Ele também disse que pequenas multas e penalidades financeiras não serão o suficiente para lidar com as preocupações sobre o poder das grandes empresas de tecnologia, acrescentando que os reguladores precisarão examinar isso mais de perto.
Por exemplo, no início deste ano, a FTC multou o Facebook em US$ 5 bilhões (R$ 20,6 bilhões) por violações de privacidade online. Chopra votou contra essa decisão.
Existem várias investigações em níveis federal, estadual e do Congresso, destinadas a determinar se as grandes empresas de tecnologia –Google, Facebook, Amazon , Apple– usam sua influência considerável no mercado online ilegalmente para prejudicar rivais ou violar a lei antitruste.
Antes elogiadas como motores do crescimento econômico, essas empresas estão cada vez mais na defensiva por causa de sua grande influência de mercado. Políticos, incluindo o presidente americano, Donald Trump, consumidores, outras empresas e reguladores criticaram esse poder.
No início desta semana, os líderes do Comitê Judiciário da Câmara disseram que começaram a receber dados dessas empresas como parte de investigação sobre possíveis violações da lei antitruste pelas empresas.
O democrata David Cicilline, que preside o subcomitê antitruste, disse nesta sexta-feira que o comitê recebeu "dezenas de milhares de documentos" e está esperando ainda mais.
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