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Elon Musk diz que X, ex-Twitter, trabalha para remover opção de bloqueio

Regras de lojas de aplicativos podem impedir planos do bilionário

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São Paulo

Elon Musk disse nesta sexta-feira (18) que sua rede social, X (ex-Twitter), trabalha para deletar a ferramenta de bloqueio da plataforma. Será mantida apenas a opção de evitar receber mensagens de pessoas indesejadas, segundo o bilionário.

A mudança, no entanto, pode tirar o X das lojas de aplicativos. Play Store, do Google, e App Store, da Apple, requerem em suas normas que redes sociais tenham a opção de vetar contas. O desrespeito às regras pode ocasionar em remoção do catálogo.

A contradição foi notada por moderadores voluntários, a partir das notas da comunidade. Esse recurso permite que usuários acrescentem contexto a publicações que considerem desinformativas ou problemáticas.

Elon Musk mudou o logo da rede social para o novo "X" estilizado no início de agosto. Foto ilustrativa mostra logo do antigo Twitter de cabeça para baixo, com um "x" no lugar dos olhos
Elon Musk mudou o logo da rede social para o novo "X" estilizado no início de agosto. Foto ilustrativa mostra logo do antigo Twitter de cabeça para baixo, com um "x" no lugar dos olhos - Chris Delmas/AFP

O bloqueio é considerado por especialistas e empresas de mídia social como ferramenta de privacidade e segurança no ambiente digital. O recurso pode evitar casos de assédio, stalking (perseguição na internet) e doxing (vazamento de dados pessoais com fins de dano).

Elon Musk divulgou a decisão em resposta a uma publicação do clube de donos de veículos da Tesla no Vale do Silício. A página perguntava se há alguma razão para bloquear ou deixar alguém no mudo. O dono do X disse, então, que o recurso seria removido.

"Isso não faz sentido", disse Musk.

A própria página de proprietários de veículos Tesla do Vale do Silício publicou, depois, uma enquete sobre quem era favorável à mudança proposta por Musk. As opções contrárias representam mais de 80% dos votos até as 18h30 desta sexta.

Questionado pela Folha via email, o X não respondeu até a publicação desta reportagem. A rede social deixou de ter representação de imprensa no Brasil desde que foi comprada por Musk em outubro do ano passado por US$ 44 bilhões (cerca de R$ 220 bilhões).

Elon Musk comprou a rede social após uma sequência de críticas a decisões de moderação, como a retirada do ex-presidente norte-americano Donald Trump da plataforma. Musk se define como um defensor radical da liberdade de expressão.

Nesta quarta (16), contudo, análise do jornal norte-americano Washington Post identificou que o X estava atrasando o acesso a links para conteúdo dos sites da Reuters e do New York Times e de rivais como Bluesky, Facebook e Instagram. Ambos os veículos de imprensa haviam sido criticados por Musk após publicarem reportagens críticas sobre o bilionário.

Clicar em um link da rede social para um dos sites afetados gerava um atraso de cerca de cinco segundos antes que a página pudesse ser carregada, segundo o jornal, que citou testes realizados na terça-feira.

No final da tarde de terça-feira (15), a X parecia ter eliminado o atraso. A rede social confirmou que o atraso foi removido, mas não entrou em detalhes.

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