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Meta avalia colocar anúncios no WhatsApp para impulsionar receita

Conversas estão em estágio inicial enquanto a empresa controladora do Facebook busca novas maneiras de aumentar faturamento

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Cristina Criddle Javier Espinoza
Londres e Bruxelas | Financial Times

As equipes da Meta têm discutido se devem colocar anúncios no WhatsApp pela primeira vez, causando controvérsia interna, enquanto a empresa controladora do Facebook busca monetizar o serviço de mensagens mais popular do mundo.

De acordo com três pessoas familiarizadas com o assunto, essas conversas exploraram a possibilidade de mostrar anúncios em listas de conversas com contatos na tela de bate-papo do WhatsApp. Nenhuma decisão final foi tomada, disseram eles.

Na sexta-feira (15), o chefe do WhatsApp, Will Cathcart, escreveu no X, ex-Twitter: "Essa história do @FT é falsa. Não estamos fazendo isso".

Logotipo do WhatsApp - Dado Ruvic/Reuters

No entanto, antes da publicação original da reportagem, um porta-voz do WhatsApp não contestou que a ideia tenha sido discutida na big tech. "Não podemos dar conta de todas as conversas que alguém teve em nossa empresa, mas não estamos testando nem trabalhando nisso e não é nosso plano de forma alguma", disse o WhatsApp.

A questão tem gerado debates em alto nível dentro da empresa, devido a preocupações de que a medida possa repelir usuários, disse uma pessoa com amplo conhecimento das discussões.

Duas pessoas disseram que a Meta também está deliberando se deve cobrar uma taxa de assinatura para uma versão sem anúncios do aplicativo, mas muitos funcionários são contra essa medida.

Antes de o WhatsApp ser adquirido pelo Facebook por US$ 19 bilhões em 2014, seu cofundador Brian Acton havia transformado o slogan "Sem anúncios! Sem jogos! Sem truques!" em um mantra da empresa.

As discussões para romper com essa posição de longa data, embora em estágio inicial, destacam o desejo da Meta de lucrar com uma de suas poucas plataformas que ainda está livre de publicidade.

A Meta tem trabalhado para fortalecer sua receita publicitária, que sofreu durante um período de incerteza macroeconômica, em meio à preocupação dos investidores com a aposta multibilionária da empresa em realidade virtual e "metaverso".

Desde que embarcou em um "ano de eficiência", cortando dezenas de milhares de funcionários, sua perspectiva melhorou. Em julho, a empresa relatou seu primeiro crescimento de receita de dois dígitos desde 2021, com a grande maioria, US$ 31,5 bilhões, proveniente de publicidade no segundo trimestre.

"Há certamente muitas oportunidades quando se trata de publicidade no WhatsApp", disse Ed East, CEO da agência de publicidade Billion Dollar Boy. Ele disse que é uma "perspectiva atraente" para os profissionais de marketing, mas corre o risco de ser visto como "intrusivo" pelos usuários.

O WhatsApp, que conta com 200 milhões de pequenas empresas entre seus usuários regulares, testou recentemente um recurso que permite que as empresas enviem mensagens de marketing direto dentro do WhatsApp para usuários que consentirem em recebê-las.

O novo recurso, se lançado, significaria que todos os usuários do WhatsApp veriam anúncios ao lado das conversas com amigos e parentes.

A interface seria semelhante à forma como os anúncios são intercalados entre as conversas no Facebook Messenger e nos emails do Gmail, disse uma pessoa com amplo conhecimento das discussões internas. Os anúncios não apareceriam nas próprias conversas do chat.

Alguns executivos seniores estão preocupados que seguir esse modelo possa piorar a experiência no WhatsApp e levar os usuários a abandonar o aplicativo por outras opções disponíveis gratuitamente, acrescentou uma fonte.

Estimativas da empresa de análise de aplicativos móveis data.ai mostram que o WhatsApp, com seus 2,23 bilhões de usuários ativos mensais, é muito mais popular do que o Instagram e o Facebook Messenger.

Texto traduzido com auxílio de ferramenta de inteligência artificial

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