Facebook: do dormitório em Harvard ao gigante das redes sociais cheio de polêmicas

Rede social completa 20 anos neste domingo (4); veja cronologia

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San Francisco | AFP

De agenda de contatos online com fotos de estudantes a gigante da tecnologia e publicidade na internet, passando por algumas controvérsias, esta é a história do Facebook, que completa 20 anos no próximo domingo (4).

Logos do Facebook e da Meta impressos em 3D sobre um teclado
Logos do Facebook e da Meta impressos em 3D sobre um teclado - Dado Ruvic/Reuters

Início na universidade

Em 2003, um prodígio da computação de 19 anos, Mark Zuckerberg começa a trabalhar em seu dormitório na Universidade de Harvard em uma rede online destinada a conectar os alunos dessa prestigiosa instituição dos Estados Unidos.

Em 4 de fevereiro de 2004, ele lança thefacebook.com com três amigos.

A adesão é aberta para outras faculdades na América do Norte e, no mesmo ano, Zuckerberg deixa Harvard e se muda para o Vale do Silício, na Califórnia.

A nova empresa recebe seu primeiro grande investimento externo de US$ 500 mil (cerca de R$ 1,46 bilhão, na cotação da época) do cofundador do PayPal, Peter Thiel, e oficialmente se torna o Facebook em 2005.

Primeiras questões de privacidade

Após o Facebook rejeitar ofertas do conglomerado de mídia americano Viacom e do Yahoo, a Microsoft adquire uma participação de US$ 240 milhões (R$ 467,49 milhões) em 2007. Nesse momento, o Facebook tem 50 milhões de usuários.

Naquele ano, Zuckerberg pede desculpas por uma funcionalidade chamada Beacon, que alertava toda a comunidade quando um usuário fazia compras online.

Em 2008, com 100 milhões de pessoas, o Facebook supera o MySpace e se torna o site de rede social mais popular do mundo, lançando seu primeiro aplicativo móvel no ano seguinte.

Plataforma de protesto

A história das origens do Facebook, "A Rede Social" de David Fincher, chega aos cinemas em 2010 e vence Oscars de melhor roteiro adaptado, trilha sonora original e montagem.

Zuckerberg é nomeado pela revista Time como a Pessoa do Ano de 2010 por "transformar a forma como vivemos nossas vidas todos os dias".

À medida que seus membros aumentam, o Facebook desempenha um papel cada vez mais importante na formação do debate público.

Em 2011, tem um papel-chave ao dar voz à juventude árabe desiludida nas revoltas da Primavera Árabe.

Entrada na bolsa de valores

Em 2012, o Facebook compra o aplicativo de compartilhamento de fotos Instagram por US$ 1 bilhão (R$ 1,95 bilhão).

A maior oferta pública inicial (IPO) do setor de tecnologia até então arrecada US$ 16 bilhões (R$ 31,27 bilhões) e avalia o Facebook em US$ 104 bilhões (R$ 203,27 bilhões).

Zuckerberg, vestido com um moletom, toca remotamente o sino da Nasdaq da sede do Facebook na Califórnia.

Em outubro de 2012, o Facebook ultrapassa a marca de um bilhão de membros.

Conglomerado de redes sociais

Em 2014, o Facebook absorve mais uma plataforma ao comprar o aplicativo de mensagens WhatsApp por US$ 19 bilhões (R$ 44,71 bilhões).

A empresa se muda para uma nova sede, projetada por Frank Gehry, no Vale do Silício.

Controvérsias

Em 2016, o Facebook se envolve em polêmicas sobre seu suposto uso, assim como de outras redes sociais, pela Rússia, para influenciar o resultado das eleições presidenciais dos Estados Unidos que levaram Donald Trump ao poder.

Mais tarde, em 2018, vem à tona que a firma britânica de consultoria Cambridge Analytica coletou secretamente os dados pessoais de milhões de usuários do Facebook e os utilizou para fins políticos, incluindo angariar apoio para Trump.

Zuckerberg, interrogado no Congresso americano, promete fazer mais para combater as notícias falsas, a interferência estrangeira em eleições e o discurso de ódio, além de reforçar a privacidade de dados.

De Facebook para Meta

Em 2021, o Facebook muda o nome da empresa para Meta —em grego, "além", mas também em referência ao metaverso— o mundo virtual que Zuckerberg vê como o futuro da internet.

Em 3 de fevereiro de 2022, o preço de suas ações despenca, perdendo mais de 200 bilhões de dólares (R$ 1,06 trilhão) de seu valor de mercado após a companhia alertar sobre o crescimento lento das receitas.

As ações se recuperam espetacularmente no final de 2023, e a empresa registra uma capitalização de mais de 1 trilhão de dólares (R$ 4,93 trilhões) no início de 2024.

Usuários jovens a abandonam cada vez mais em favor do TikTok ou Snapchat, mas com aproximadamente 1,96 bilhão de usuários ativos, ela permanece a rede social mais usada do mundo.

Preocupações com a juventude

Em outubro de 2023, dezenas de estados dos Estados Unidos acusam a Meta de prejudicar a saúde mental de crianças e adolescentes.

A Meta responde posteriormente com planos para reforçar as restrições de conteúdo para os menores no Instagram e no Facebook.

Em 2023, o Facebook também recebe uma multa recorde de 1,2 bilhão de euros (R$ 6,44 bilhões) na Irlanda por transferir ilegalmente dados pessoais entre a Europa e os Estados Unidos, violando as regras da União Europeia

Versão paga

Em julho de 2023, a Meta lança seu aplicativo baseado em texto, Threads, destinado a ser um concorrente do X, o antigo Twitter, depois que essa plataforma alienou muitos usuários e anunciantes desde sua aquisição por Elon Musk.

No final de outubro, começou a oferecer assinaturas pagas sem anúncios na Europa para usuários que não desejam que seus dados pessoais sejam coletados.

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