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Praias do Algarve, no sul de Portugal, atraem baladeiros e quem busca sossego

  Falésias fazem parte do charme da região no sul do país, com paisagens surreais que mais parecem de outro planeta  

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Quarto com vista para o mar de hotel em Portugal

Hotel Tivoli Carvoeiro, no Algarve Foto: Divulgação

Loulé e Lagoa (Portugal)

Os paredões rochosos que avançam mar adentro lembram os sonhos, ou pesadelos, mais arrebatadores de um Salvador Dalí. São escarpas corroídas pelas ondas do Atlântico que emolduram o horizonte, filtram a luz do sol, formam pequenas grutas, alcovas e praias secretas, estranhas esculturas que parecem em vias de desabar.

Mas as falésias do Algarve estão ali, firmes e fortes, num cenário não muito longe no mapa da costa que inspirou o surrealista espanhol, afinal estamos no extremo sul de Portugal, o país vizinho.

O espetáculo do mar cristalino varrido por rajadas de vento prova que os vilarejos de Loulé e Lagoa, dois pontos privilegiados de exploração da região, são muito mais que os anúncios imobiliários —quase todos em inglês— que dominam a chegada de quem desembarca no bem conectado aeroporto de Faro.

Passados os campos de golfe, os prédios em construção, os terrenos loteados para aposentados britânicos, a paisagem se revela de outro planeta. E nada como um hotel no lugar certo, e uma boa seleção de vinhos portugueses —alvarinho, da Madeira, viognier do Algarve, rótulos do Alentejo— para aguçar o olhar para as falésias.

As varandas do Tivoli Carvoeiro, um dos hotéis mais luxuosos do Algarve, se debruçam sobre os paredões de pedra. Dá para ouvir as ondas batendo contra eles de dentro do quarto, mas também da piscina, com um serviço de bar eficiente. À noite, um restaurante na cobertura do hotel serve clássicos da culinária lusitana e aquilo que uns chamariam de fusion, com releituras de sushi, ceviche e outras delícias que aproveitam os frutos do mar dali.

Fachada do Hotel Tivoli Marina Vilamoura, no Algarve
Fachada do Hotel Tivoli Marina Vilamoura, no Algarve - Divulgação

Nesse ponto mais selvagem do Algarve, o Carvoeiro é aconchegante, uma estrutura em formato de ferradura, que dá as costas para a frenética especulação imobiliária logo atrás e abraça a vista do mar entrecortado pelas pedras —a praia aqui são as lagoinhas formadas pela natureza, discretas, escondidas, sem grandes emoções aquáticas para os amantes de surfe e afins.

Esses talvez se sintam mais à vontade no pedaço, digamos, mais desenvolvido da região, onde fica o Vilamoura, hotel do mesmo grupo. Numa pegada mais de resort, é uma estrutura mastodôntica colada à marina de mesmo nome, coalhada de iates.

De frente para o hotel, a faixa de areia da praia é gigantesca, incomum para os balneários europeus. As falésias já ficam um pouco distantes no horizonte, mas a cor do mar não decepciona. Só é preciso coragem para encarar o gélido Atlântico aberto, bem diferente da piscina morna em que se transforma o Mediterrâneo logo ali nestes meses de verão europeu.

Mais impessoal e cheio de famílias que veraneiam com filhos, o Vilamoura tem seu lado mais Ibiza, por assim dizer, com um espaço reservado para baladas e um ótimo restaurante construído na própria areia da praia. Quem quiser fugir do agito, seja dos baladeiros ouvindo house music, seja das crianças eufóricas, pode aproveitar a vista do mar enquanto devora uma lagosta com uma taça de champanhe. Relaxa.

Tivoli Marina Vilamoura
Diárias a partir de R$ 2.400 (com café incluído), em tivolihotels.com

Tivoli Carvoeiro
Diárias a partir de R$ 1.892,56 (com café incluído), em tivolihotels.com

O jornalista se hospedou a convite dos hotéis da rede Tivoli

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