Descrição de chapéu Eleições 2022 aborto

Sem apresentar provas, líder da bancada evangélica diz que PT usou Receita para fechar igrejas

Folha conversou com Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) ao vivo

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São Paulo

Nos anos 1980, os evangélicos eram menos de 10% da população do país. Hoje, eles representam cerca de um terço dos brasileiros, segundo Vinicius do Valle, doutor em ciência política pela USP e diretor do Observatório Evangélico.

Para debater as dinâmicas do eleitorado religioso e da bancada evangélica no Congresso, Valle e Anna Virginia Balloussier, repórter especial da Folha, conversaram com Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), nesta terça (18), ao vivo pela TV Folha.

A agenda de costumes, encabeçada por debates como descriminalização do aborto e do uso das drogas, representam pontos nos quais a esquerda encontra dificuldade para conversar com o eleitor evangélico, diz Valle. "Existe uma posição muito rígida contrária ao aborto e a qualquer tipo de performance de gênero e relacionamentos fora do padrão heteronormativo."

"A esquerda vai ter que saber dialogar com isso. É um desafio que a esquerda tem de se colocar se ela quiser ser eleitoralmente viável."

Durante o debate, a repórter perguntou se a tese de que o Partido dos Trabalhadores fecharia igrejas não seria fake news.

"O PT perseguiu, sim, as igrejas evangélicas, via Receita Federal, produzindo um sem fim de multas que, se o PT continuasse no poder, em breve eles já estariam fechando igrejas no Brasil", disse Sóstenes Cavalcante. Indagado pelos demais participantes da mesa, o deputado afirmou que tinha provas que comprovam seu ponto, mas não apresentou nenhuma durante o debate.

"Respeitosamente, eu avalio que o pastor Sóstenes fez um malabarismo de argumentação para salvar uma mentira", respondeu o deputado eleito Pastor Henrique Vieira. "O que está sendo dito é o que o PT vai fechar igrejas. Na tentativa de salvar o argumento, que é uma mentira, Sóstenes apareceu com esse argumento tributário, com o qual estou em total desacordo. Os números provam que as igrejas evangélicas cresceram significativamente no período dos governos Lula e Dilma."

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