O Brasil deve levar quase 116 anos para que pretos e pardos tenham acesso às mesmas oportunidades que os brancos, de acordo com a mais recente edição do Ifer (Índice Folha de Equilíbrio Racial).
Para que esse prazo seja reduzido, Mauricio Pestana, CEO do Fórum Brasil Diverso, defende que o Estado seja responsável por criar mais políticas de reparação, com a liberação de recursos públicos, por exemplo, para empresas que apresentem ações afirmativas. "Também é preciso que as empresas pensem mudanças em curto, médio e longo prazo, muito além dos muros", afirma.
"Não adianta inclusão feita por uma ou duas empresas, porque você cria quase que uma casta de pessoas negras incluídas. É preciso criar ações sociais também", diz Mário Theodoro, economista e escritor.
Luana Génot, fundadora do Instituto Identidades do Brasil (ID_BR), que venceu o Prêmio Empreendedor Social 2022 na categoria Direitos Humanos, se diz esperançosa em relação às políticas futuras e também defendo o que chama de "coquetel de políticas públicas".
"Acredito que se combinarmos ações políticas, com educação antirracista, incentivos fiscais e reformulação do estatuto da igualdade racial, passando a exigir cotas também nas empresas, a presença de negros nas pautas regentes ganhará força nos próximos anos".
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