A série documental "Despachos do Oceano Fora da Lei" explora o fundo do mar em seu quinto episódio –a Folha publica o material em parceria com a organização jornalística sem fins lucrativos The Outlaw Ocean Project.
Dirigido pelo jornalista Ian Urbina, ex-repórter do New York Times que investiga há uma década crimes ambientais e contra os direitos humanos em águas internacionais, o documentário trata da nova corrida do ouro que destrói ecossistemas ainda desconhecidos nas profundezas dos oceanos.
No capítulo intitulado "Garimpeiros das Profundezas", Urbina vem ao Brasil e acompanha o trabalho de ativistas do Greenpeace para tentar proteger um recife de corais no rio Amazonas.
A série, que terá ao todo dez episódios, abordou no primeiro ("Onde os Assassinos Ficam Livres") uma chacina registrada em vídeo e, ainda assim, não investigada por diferentes governos.
O segundo, "Escravidão no Mar", descreve as condições degradantes de trabalho forçado, humilhações e tráfico de pessoas a que milhares de homens são submetidos em navios pesqueiros longe de qualquer tipo de fiscalização.
O terceiro, "Sonhadores de um Mundo Flutuante", visita o Principado de Sealand, uma plataforma de defesa antiaérea da Segunda Guerra, na costa da Inglaterra, transformada em nação por um ex-major do Exército britânico em 1966, e discute projetos que se apresentam como solução para a vida na Terra no futuro.
No quarto, "O Cano Mágico", a equipe explora o despejo intencional de todo tipo de dejetos, inclusive tóxicos, em águas internacionais.
Muitas vezes usando os chamados "canos mágicos", navios lançam toneladas de lixo em alto-mar, longe de qualquer tipo de fiscalização e controle.
Os minidocs também estão sendo publicados por parceiros em diferentes países, como as revistas Time (EUA) e Oceanographic (Inglaterra) e os jornais Globe and Mail (Canadá), Clarín (Argentina), El Diario (Espanha) e Il Fatto Quotidiano (Itália).
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