Durante encontro na TV Folha para analisar a vitória de Jair Bolsonaro (PSL), o editor-executivo da Folha, Sérgio Dávila, disse que o agora presidente eleito mostrou um tom conciliador.

"Nos discursos que fez, ele adotou uma linha conciliatória dentro do universo bolsonariano. Foi a primeira vez que citou o Estado de Direito desde que começou a disputa", afirmou Dávila. 

Para o editor-executivo, três razões levaram os eleitores a optar pelo capitão reformado do Exército. O antipetismo, a construção de uma linha conservadora e o sentimento de querer ir "contra tudo o que está aí".

Além de Dávila, participaram do debate a colunista Mônica Bergamo e o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino. O encontro foi mediado pela repórter de Poder Thais Bilenky.

A colunista afirmou que Fernando Haddad (PT) errou duas vezes em seu discurso após confirmada a derrota. Primeiro, ao não citar nenhuma vez Bolsonaro. E, em segundo lugar, ao não telefonar para o adversário.

Aos 63 anos, o capitão reformado do Exército venceu Fernando Haddad por 55,1% a 44,9% dos votos válidos. Será o 16º militar a ocupar o cargo e o terceiro eleito pelo voto direto (os outros foram Hermes da Fonseca, em 1910, e Eurico Gaspar Dutra, em 1945).

Assista ao debate.