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17/06/2012 - 15h07

Vinda de presidente Mahmoud Ahmadinejad provoca protesto

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LAURA CAPRIGLIONE
ENVIADA AO RIO

Os líderes da manifestação estimaram em 2.000 o número de pessoas que se mobilizaram em Ipanema (zona sul do Rio) para protestar contra a presença do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad na Rio+20, onde deve se encontrar com cerca de cem outros chefes de Estado. A polícia não fez estimativa de público.

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O dia ensolarado, a presença de percussionistas do grupo Afroreaggae e os militantes gays reunidos a uma maioria de membros da comunidade judaica do Rio de Janeiro, deram ares de diversidade à manifestação.

Foram distribuídas pelo menos 2.000 camisetas verdes, brancas e negras, com dizeres contra o presidente iraniano. Mas teve gente que só pegou a peça de roupa e foi embora. Como Alzira Mendes de Almeida, moradora de Ipanema, que tentava pegar duas, "para levar para a empregada". Pegou.

Christophe Simon/France Presse
Centenas de pessoas protestam contra a vinda do presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad à Rio+20
Centenas de pessoas protestam contra a vinda do presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad à Rio+20

"Negar o Holocausto não se sustenta", "Intolerância não se sustenta", e "Homofobia não se sustenta" foram os principais slogans gritados no protesto.

Uma vereadora do PSDB, Teresa Bergher, apareceu para dizer que, na próxima terça-feira proporá à Câmara Municipal do Rio de Janeiro que declare Ahmadinejad "persona non grata" no Rio. Ahmadinejad deve chegar na quarta-feira (20) ao Brasil.

Um grupo de ativistas da organização judaica de juventude Habonim Dror (Construtores da Liberdade) portava faixa em inglês em que se lia "We Love Iranians". Era para deixar claro que o protesto contra Ahmadinejad não tinha nada a ver com o povo iraniano. "Somos pacifistas", disse Luana Gutmacher, 19, estudante de psicologia da Universidade Federal Fluminense.

Várias bandeiras azuis e brancas de Israel pontilhavam o protestos. O cozinheiro aposentado Abrahão Haratz, 61, apareceu com uma camiseta em que colou uma estrela de Davi amarela com a inscrição "Juden", como as que os nazistas obrigavam os judeus a usar.

"Não se pode aceitar que um sujeito negue o Holocausto. É assim que se perpetuam os crimes cometidos. O que acontece na Etiópia, no Sudão e na Somália mostram que o Holocausto mudou de lugar. Precisamos combatê-lo", disse.

 

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