Publicidade
Publicidade
Painel pede desmatamento zero até 2020
Publicidade
CLAUDIO ANGELO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
Atualizado às 20h46.
O diálogo temático sobre florestas da Rio +20 deixou como recomendação aos chefes de Estado zerar o desmatamento líquido no mundo até 2020.
Leia mais no Especial Rio+20
Folha lança aplicativo sobre a Rio+20 para smartphone
Conte à Folha como sua vida é 'sustentável'
"Pedirei para os dirigentes agirem rápido", diz garota que falará à ONU
Isso significa que, se a meta for cumprida, em oito anos o total de florestas derrubadas no mundo não poderá ser maior do que o de florestas que se regeneram.
O desmatamento zero, curiosamente, não figurava entre as dez recomendações mais votadas no debate on-line que precedeu a mesa-redonda ontem no Rio. Ele foi incluído pelos próprios membros do painel, alguns dos quais aproveitaram para criticar a reforma no Código Florestal brasileiro.
Os apelos pelo desmatamento zero vieram dos brasileiros Guilherme Leal, dono da Natura, e André Freitas, diretor do Imaflora, maior instituição certificadora de madeira do país; da equatoriana Yolanda Kakabadse, presidente do WWF mundial; e do alemão Klaus Töpfer, ex-secretário-executivo do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).
"Precisamos que governos se comprometam com um mundo de desmatamento zero", disse Freitas. "Desmatamento líquido zero em 2020", pediu Kakabadse. "[Precisamos da] eliminação do desmatamento", disse Leal, interrompido por aplausos.
A coisa mais próxima disso nas recomendações mais votadas on-line era a restauração de 150 milhões de hectares de terras desmatadas e degradadas até 2020 -- que calha de ser algo com que o mundo já se comprometeu, na conferência da biodiversidade de Nagoya, em 2010.
"Acho que é preciso parar o desflorestamento antes de começarmos a falar em reflorestamento", afirmou Töpfer, último a falar no painel.
Freitas e Kakabadse fizeram críticas ao Código Florestal brasileiro, aquele explicitamente, esta de forma velada. "Existem países no mundo, como o Brasil, onde ainda é legal fazer desmatamento. Existem países no mundo onde os membros de um Congresso eleito querem dar anistia a desmatadores ilegais", disse Freitas, também interrompido por uma salva de palmas.
Único representante dos povos indígenas no painel, o cuna panamenho Estebancio Castro Díaz, secretário-executivo da Aliança dos Povos Indígenas e Tribais das Florestas Tropicais, reclamou que o formato dos diálogos -- um debate on-line -- acabou limitando a participação justamente dos povos que habitam as florestas.
"Não há nenhuma recomendação específica sobre povos indígenas. Podemos dizer que, por falta de internet nas florestas e nas terras indígenas, não pudemos votar emn recomendações."
+ CANAIS
- Acompanhe a Folha Ambiente no Twitter
- Acompanhe a Folha no Twitter
- Acompanhe a página especial da Rio+20 no Facebook
+ NOTÍCIAS EM AMBIENTE
- Manifestantes ocupam praça no centro do Rio
- Texto brasileiro evita retrocesso, mas não avança nada, dizem Amigos da Terra
- Especialistas vão propor imposto sobre transações financeiras para criar 'fundo verde'
- Países anunciam aliança global para preservação dos oceanos
- Acordo empresarial é mais efetivo que o da Rio+20, diz ex-consultor da ONU
- Diretora do FMI cancela vinda para a Rio+20
- Cardápio com tradução errada vira piada no Riocentro
- Princípio que prevê contribuição maior dos países ricos será mantido, diz chanceler
- Bancos propõem que empresas divulguem consumo de recursos naturais
- Para ministro alemão, investimento em economia verde é saída para crise
- Coleção "Cinema Policial" reúne quatro filmes de grandes diretores
- Sociólogo discute transformações do século 21 em "A Era do Imprevisto"
- Livro de escritora russa compila contos de fada assustadores; leia trecho
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Rio de Janeiro se mantém em nível de desmatamento zero, diz ONG
- Divulgadas primeiras fotos dos corais da Amazônia
- Derretimento de geleira na Antártida pode elevar oceanos em até 2 metros
- Calcule a pegada ecológica dos seus deslocamentos
- Biólogo especialista em classificar espécies está ameaçado de extinção
+ Comentadas