A Pharol, maior acionista individual da operadora Oi, entrou com um pedido para que o juiz Fernando Viana reconsidere sua decisão que homologou o plano de recuperação judicial aprovado pela assembleia de credores.
Para o grupo português, o plano que o juiz Fernando Viana ordenou colocar em prática fere o estatuto social da companhia.
A reconfiguração do conselho de administração e a manutenção da diretoria que seriam prerrogativas de acionistas.
Até a decisão do juiz de obrigar a efetivação do plano, a Pharol pretendia convocar uma assembleia de acionistas para discutir ações contra a diretoria atual.
A decisão do grupo português é de requerer ao próprio juiz, por ora, em vez de recorrer à segunda instância, disse Luís Palha, presidente do conselho do grupo, à coluna por telefone de Lisboa.
"Temos grande esperança nas informações que prestamos ao juiz. [Se o pedido for negado], não temos perspectiva de qual caminho seguir."
O grupo português não é um "beligerante sistemático", diz Palha, mas isso não significa que a empresa desistirá de procurar a Justiça caso Viana não altere seu entendimento. "Não estou a dizer isso", afirma o português.
A relação com um outro acionista, o Société Mondiale, de Nelson Tanure, é de independência, diz Palha.
O executivo também afirma que recebeu outra proposta de diluição dos acionistas antigos da empresa, mas ele não revela qual.
"O razoável seria aquilo que nos foi afirmado que seria antes de ser protocolado o plano de recuperação judicial pelo diretor-executivo, mas não vou quantificar."
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