Mercado Aberto

Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Mercado Aberto

Vinci fará oferta por distribuidoras que Eletrobras vai desestatizar

Crédito: Cristina Cabral - 25.out.2011/O Popular/Folhapress Subestação de energia da Celg, distribuidora de Goiás

A Vinci Partners tem interesse nas seis distribuidoras que a Eletrobras pretende vender ainda no primeiro semestre deste ano, segundo Alessandro Horta, diretor-
-executivo da gestora.

São ativos no Nordeste e Norte do país, como a Cepisa, do Piauí, e a Amazonas Distribuidora de Energia.

A empresa já controlou a Equatorial, uma distribuidora de energia com atuação no Maranhão e Pará que tinha situação semelhante à das seis que deverão ser privatizadas neste ano.

"Cada uma delas tem uma atratividade diferente, mas precisamos ver qual vai ser o modelo", diz Horta.

A ideia é reestruturar a gestão, diminuir perdas e assim melhorar a rentabilidade, um negócio que "não é para neófitos" e que seria impossível em uma distribuidora com operação já consolidada.

A gestora também deverá fazer aportes na oferta de ações da própria Eletobras.

Esse não é o único plano da Vinci para o setor de infraestrutura. Ela tem também a intenção de ficar com gasodutos da Petrobras e não desistiu de aeroportos, apesar de não ter conseguido arrematar nenhum no leilão de 2017.

"Podem até ser aeroportos regionais, mas aí teria que ser mais de um, porque só com um menor [a operação] não se viabiliza. Estamos atentos a trocas de controle de ativos que já têm operadores."

A Vinci também pretende lançar um fundo de cotas de imóveis logísticos (galpões, principalmente) para ser negociado em Bolsa.

Será o mesmo modelo de um fundo de cerca de R$ 350 milhões que a gestora já montou e que é negociado na B3, de participações em diversos shopping centers.

O produto busca atrair investidores que querem a estabilidade de rendimento de um aluguel, mas com a possibilidade de vender no mercado secundário e várias participações de diferentes imóveis, não só de um.

Raio-x

R$ 21 bilhões
estão sob gestão da Vinci

86
são os fundos ativos

R$ 2 bilhões
é a parcela que está ligada a bens de infraestrutura

R$ 750 milhões
é o valor que a Vinci alocou em títulos desse segmento

R$ 1,8 bilhões
foi o valor do maior fundo de fatias de empresas

90 mil m²
de área bruta locável própria está sob gestão da Vinci

11
transações imobiliárias foram realizadas desde 2013

2009
foi a fundação da empresa

Cai o número de vagas temporárias para a Páscoa

A indústria de chocolates e as lojas especializadas do setor contrataram 23,5 mil trabalhadores temporários para a Páscoa. O número é 5,9% menor que o registrado no ano passado.

"Em 2017, a produção para essa época foi maior que a demanda. Os empregadores fizeram ajustes para evitar o excedente", diz o presidente da Abicab (do setor), Ubiracy Fonseca. Ele não credita a redução à reforma trabalhista.

Esta é a segunda queda consecutiva nas contratações. No ano passado, o segmento já havia empregado 15% menos temporários que em 2016. Os funcionários, em geral, são admitidos para trabalhar entre outubro e março.

A expectativa da entidade para 2018 é de alta nas vendas de ovos de chocolate.

"Os últimos anos foram ruins, mas há meses observamos uma recuperação lenta, o que nos deixa mais otimistas com o movimento deste ano, não apenas para a Páscoa", afirma Fonseca.

O dado mais recente, do primeiro semestre de 2017, mostra uma produção estável, com variação negativa de 0,4%.

páscoa

Casamento sem padre

A aquisição da Bard pela BD, do setor de equipamentos médicos, não precisará do aval do Cade no Brasil porque a companhia comprada tem uma operação pequena no país, segundo Walban Damasceno, diretor da BD.

"A aprovação foi dada nos Estados Unidos no ano passado. Aqui não há necessidade, porque a Bard não tem presença tão significante."

A transação, feita em 2017, teve valor de US$ 24 bilhões (R$ 77,5 bilhões).

Os cerca de cem funcionários que trabalham para a empresa comprada no Brasil serão incorporados ao quadro de cerca de 1.500 da BD, diz.

A companhia tem duas fábricas no Brasil, e planeja erguer uma terceira planta com R$ 100 milhões. A nova unidade será em Curitiba. A adquirida tem apenas representação comercial no país.

Mais... Assim como em 2017, as aquisições de grandíssimo porte terão uma desaceleração nos próximos 12 meses devido ao escrutínio cada vez mais rigoroso das empresas envolvidas, segundo a consultoria EY.

...volume Um maior apetite dos investidores com a reforma tributária nos EUA poderá alterar essa previsão, diz a companhia. Em 2017, o número global de transações cresceu 6%, mas o valor caiu 7%.

Lingerie A Marcyn, de roupa íntima, vai iniciar a abertura de suas franquias em 2018. Serão ao menos quatro inaugurações, em Minas e São Paulo, além de seis unidades de sua marca Casa das Cuecas, hoje com 19 operações.

Startups A aceleradora ACE promoveu Felipe Collins, José Gutierrez, Luís Gustavo Lima e Sulivan Santiago a sócios. Unem-se a Arthur Garutti, partner da empresa desde 2017, e aos fundadores Pedro Waengertner e Mike Ajnsztajn.

Vida nova Mudar de emprego em 2018 é o desejo de 31,5% dos brasileiros, segundo a consultoria Robert Half. Dos que têm carteira assinada, 12,3% querem abrir um negócio neste ano. Entre os desempregados, esse índice é de 5,4%.

´Hora do café

com FELIPE GUTIERREZ, IGOR UTSUMI e IVAN MARTÍNEZ-VARGAS

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.