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03/10/2012 - 06h18

Arquitetos comparam novas padarias a saguões de aeroporto

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MARÍLIA MIRAGAIA
DE SÃO PAULO
ANDRÉ BARCINSKI
COLUNISTA DA FOLHA

Arquitetos não veem com bons olhos as mudanças nas padarias de São Paulo. Segundo eles, as "superpadocas" parecem saguão de aeroporto ou praça de alimentação de shopping.

E tome chão que imita mármore, totens que cospem comandas eletrônicas e mobiliário que lembra lanchonetes de fast food.

"A arquitetura dessas padarias está ligada a espaços genéricos de consumo, como saguões de aeroportos, free shops e shopping centers", diz Marcelo Marino Bicudo, arquiteto e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), da USP.

"Quando o espaço é usado para diversas finalidades, a arquitetura reflete essa confusão. E as padarias viram esse pastiche, com uma falsa visão de modernidade", diz o arquiteto Francisco Spadoni, também professor da FAU.

Para ele, isso não ocorre em outros países, onde as padarias parecem ter "cara" de padaria: "O problema é que, no Brasil, não existe legislação sobre o que uma padaria pode ou não vender.

Na França, a 'boulangerie' só pode vender pães e bolos. Há uma 'tipologia' de padaria, que é um fato estético, da construção, que você consegue identificar como uma recorrência."

SP COMO BOM EXEMPLO
"Se o cliente se sentisse em praça de alimentação, não voltaria. E esse não seria um negócio em expansão", retruca Milton Guedes de Oliveira, dono da Galeria dos Pães, nos Jardins. "O cliente queria encontrar mais coisas perto de casa. Foi o que mudamos".

Para Oliveira, "o conceito de padaria em São Paulo se modernizou" a ponto de virar um exemplo para outras capitais do país.

 

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