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Campeonato mundial da gastronomia começa na terça-feira
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DE SÃO PAULO
O Bocuse D'or é uma espécie de Copa do Mundo da gastronomia. Idealizada pelo chef Paul Bocuse, a competição existe desde 1986, acontece a cada dois anos e tem dois dias de duração. A equipe que ficar em primeiro lugar leva, além do troféu, um prêmio de €$ 20 mil (R$ 54 mil).
O Brasil disputou entre países da América Latina e foi o segundo colocado (o primeiro foi a Guatemala e o México foi o terceiro). As três equipes vão participar da competição realizada em Lyon, na França, nos dias 29 e 30.
Philippe Desmazes/AFP |
Chef Paul Bocuse, idealizador da competição |
A melhor colocação histórica dos brasileiros foi o 14º lugar. Para este ano, a expectativa é estar entre os 12 melhores.
A Associação dos Profissionais de Cozinha (APC) organiza as competições relacionadas ao Bocuse D'or no Brasil e seus representantes defendem que a falta de patrocínio é o que ainda deixa o Brasil distante do pódio.
O CHEF BRASILEIRO
O representante do Brasil em Lyon é Fábio Watanabe, 30, de Mogi das Cruzes, em São Paulo.
Watanabe, que já passou pelo restaurante Bacalhoeiro, na capital paulista, ficou sabendo do concurso por um professor quando estudava gastronomia na Suíça.
Vencedor da competição no Brasil, trabalhou no cardápio com um assistente, um técnico e o presidente da delegação.
O chef afirma que sentiu falta do apoio financeiro e que teve que comprar alguns ingredientes usados no treino. "Na verdade o sonho é meu, estou meio sozinho nessa. Aqui no Brasil a competição ainda não é valorizada. Até pelo orçamento, ganhar é muito difícil. Se eu conseguir fazer um bom trabalho, realizar o que eu me propus e ficar entre os 12, para mim já é ótimo.".
QUAL É A CHANCE?
O presidente da delegação, Marcelo Pinheiro, acredita que houve uma evolução no nível dos competidores da América Latina e que o Brasil tem mais chances neste ano.
Outro fator que influencia isso é o fato de ter havido uma alteração no regulamento para a edição de 2013: as cozinhas foram todas padronizadas e ninguém mais pode levar equipamentos "Nos outros anos os latino-americanos chegavam com meia dúzia de talheres enquanto os europeus levavam carretas de aparelhos.", afirma.
A escolha do peixe foi alvo de críticas dos brasileiros. O halibute é característico da região nórdica, de onde vem os favoritos na competição.
Como o ingrediente não está disponível no Brasil, a equipe treinou com um peixe semelhante: o linguado.
Quando chegar a Lyon, o cozinheiro conhecerá melhor o peixe da prova.
Enquanto no Brasil a equipe lidava com condições precárias, os americanos já estavam na França. O blog Eater contou em reportagem como está a preparação da equipe que representará o país.
Eles montaram uma réplica da cozinha e fizeram diversas viagens. Entre os destinos, estava a Escandinávia. País que desponta na Copa do Mundo da gastronomia. O objetivo era entender porquê eles vem sendo favoritos.
OUTRAS COPAS
O Bocuse D'or é uma das competições que acontecem na próxima semana. Também estão marcadas a Copa Internacional de Catering (dia 26), mais voltada para bufês, e a Copa do Mundo de pâtissiere (dias 27 e 28).
Na competição de pâtissiere, os participantes tem que fazer esculturas de gelo, chocolate e açúcar. Na avaliação de integrantes da APC, a expectativa do Brasil é melhor nesta prova porque a equipe é mais experiente.
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