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27/03/2013 - 07h03

Bassi ajudou a transformar São Paulo em uma meca do churrasco

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JOSIMAR MELO
CRÍTICO DA FOLHA

Com a morte prematura de Marcos Guardabassi neste domingo, em decorrência de um câncer no pulmão, aos 64 anos, as justas homenagens ao apaixonado açougueiro servem para relembrar que, com sua decisiva participação, São Paulo tornou-se hoje uma meca das carnes e do churrasco.

Reprodução/Facebook
Um dos maiores especialistas em carnes no pais, Marcos Bassi morreu aos 64 anos, em SP
Um dos maiores especialistas em carnes no pais, Marcos Bassi morreu aos 64 anos, em SP

Na época em que ele, menino, vendia miúdos perto do Mercadão, quando se pedia "alcatra" no açougue ou na churrascaria, o que se recebia era uma fatia enorme e disforme de carne que parecia um mapa de um país cheio de diferentes relevos (no caso, texturas).

Bassi, como era conhecido o açougueiro que virou empresário ao abrir seu primeiro açougue e depois o restaurante, esteve entre os pioneiros que começaram a, literalmente, destrinchar a carne: separá-la em diferentes cortes com características próprias, descobrindo e valorizando o melhor uso para cada um.

Por exemplo, da gigantesca alcatra, hoje se tiram a picanha, a maminha, o miolo, o baby beef, o steak do açougueiro...

Ele não criava gado, mas escolhia a dedo os animais que ia utilizar.

Por anos, carregou nos ombros os quartos de boi que depois, com as manoplas características da profissão, desossaria com desenvoltura, antes de colocar os cortes para maturar a vácuo.

Ele juntava a habilidade manual do artesão com investimento em processos modernos de beneficiamento.

Hoje, falamos da primazia do produto, da importância de bem conhecê-lo e reverenciá-lo. Isso vale também para a carne. Bassi teve a sensibilidade de lapidar a matéria bruta que vinha em forma de carcaça.

A marca Bassi já não lhe pertencia, mas sua churrascaria na Bela Vista continua com a família, ostentando o nome por demais pomposo, mas que é retrato fiel dos desejos de seu fundador: Templo da Carne (rua Treze de Maio, 668, Bela Vista, tel. 0/xx/11/3288-7045).

 

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