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20/12/2009 - 13h15

Líderes asiáticos festejam tímidos consensos da cúpula do clima

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da Folha Online
da France Presse, em Hong Kong

Líderes dos países asiáticos disseram neste domingo estar satisfeitos com o acordo obtido na conferência da ONU sobre o clima em Copenhague. Sem admitir o fracasso em cumprir o seu principal objetivo, que era estabelecer metas para os cortes de emissões de gases-estufa, os asiáticos preferiram ressaltar o consenso sobre a importância dessa redução.

O frágil acordo que encerrou a cúpula do clima não inclui as metas de redução das emissões dos países ricos recomendadas pelos cientistas (-25% a -40% em 2020 em relação a 2005), nem o objetivo de longo prazo para todo o planeta (-50% em 2050). O acordo também não define cronograma para a conclusão de um tratado vinculante, prevista para o fim de 2010.

No entanto, as nações asiáticas, entre elas a China e a Indonésia, dois dos três maiores poluidores do planeta, ao lado dos Estados Unidos, mencionaram "resultados positivos" e afirmaram que o acordo responde à maior parte de suas preocupações.

"Graças aos esforços de todas as partes, a cúpula deu resultados significativos e positivos", disse o ministro chinês das Relações Exteriores, Yang Jiechi, citado no site da chancelaria. Sem mencionar explicitamente o acordo, Yang avaliou que a conferência manteve o princípio "de uma responsabilidade comum, mas diferenciada" que reconhece as desigualdades econômicas entre nações ricas e emergentes.

Pequim assumiu o compromisso de reduzir sua "intensidade carbônica (emissões poluentes por unidade de Produto Interno Bruto) entre 40% e 45% daqui a 2020 em relação a 2005.

O presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, por sua vez, afirmou estar "muito feliz com as decisões tomadas para salvar o planeta e as crianças de nosso país". "O acordo dá uma pista para as negociações que acontecerão na Alemanha em meados de 2010", disse o indonésio em nota publicada em seu site, sem dar mais detalhes. A cidade alemã de Bonn deverá sediar, em junho que vem, a próxima reunião mundial sobre o clima.

O imenso arquipélago é um dos países mais ameaçados pelo aquecimento global. Jacarta prometeu cortar 26% de suas emissões até 2020 em relação a 2005.

Bangladesh, outro país vulnerável às mudanças climáticas, também elogiou os resultados na conferência de Copenhague. O premiê, Sheikh Hasina, chamou o acordo de sucesso e disse que o texto representa "uma conclusão razoável".

Por outro lado, o indiano Rajendra Pachauri, presidente do Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre a Evolução do Clima (Giec) e Prêmio Nobel da Paz em 2007, ao lado do ex-vice-presidente americano Al Gore, considerou o acordo insuficiente e defendeu a aprovação rápida de um tratado vinculante.

Copenhague

O resultado da cúpula do clima de Copenhague, que deveria ser o mais importante evento do século, acabou sendo ínfimo por causa do completo desacordo entre os 193 países-membros da ONU (Organização das Nações Unidas) envolvidos nos diálogos.

No final, ao invés de elaborar um tratado com vínculos legais que definisse metas de corte nas emissões de gases-estufa --o objetivo final da cúpula--, a única coisa que se conseguiu, após 13 dias de negociações, foi um documento de cumprimento opcional segundo o qual o aquecimento global não deverá ultrapassar 2ºC e os países mais desenvolvidos contribuirão com um fundo para auxiliar os mais pobres.

Os termos bastante generalistas foi o máximo que de consenso que se conseguiu alcançar, inclusive no último dia do evento, quando a sessão durou nada menos do que 31 horas. Na sexta-feira (18), Obama, com a mediação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a esse acordo com Índia e África. Com o documento, os chefes de Estado começaram a sair de Copenhague sem prever que, na madrugada, países como Bolívia, Venezuela e Tuvalu iriam se opor ferozmente à proposta.

Sem unanimidade, o documento ficou ainda mais frágil, pois seu cumprimento passou a ser não obrigatório. A expectativa, agora, é a de que ele dê origem, ano que vem, a um outro, realmente vinculativo. No texto final, metas de corte de gases-estufa estão em branco, para serem listadas (individualmente e sem compromisso) em janeiro. Há apenas uma menção a "reduções significativas".

"Isso é uma carta de intenções, que não define o que fazer em termos legais", disse Yvo de Boer, secretário-executivo da convenção, em comunicado que substituiu uma entrevista. "O desafio será transformar aquilo com que concordamos politicamente em algo real."

Comentários dos leitores
Olmir Antonio de Oliveira (124) 31/01/2010 17h59
Olmir Antonio de Oliveira (124) 31/01/2010 17h59
A respeito de fundo para ajudar países pobres. É de se crer se derem condições de moradias dignas as pessoas já estarão ajudando em muito a preservação, principalmentese derem meios de susbsistencia, que possam usar combustível menos poluente e ou fonte renovavel (uso para queima, fogão, pobres de verdade de paises pobres não tem carro particular), geralmente recebem, se é quere cebem, são tratados pior que "muitas espécies de animais". O que pode preocupar é que 100 bilhões, é um bom dinheiro, mas que pode ser pouco se cair na mão de políticos, oportunistas, e picaretas de plantão existentes no mundo afora, pode virar mais muita fumaça, demagogia, mais contas e impostos para o trabalhador pagar..... Solução apenas para encher o bolso de meia dúzia, certamente já deve ter super poderosos preparados para embolsar a grana, papo de ajuda, filantropia, projetos... É preciso zelo, honestidade... 2 opiniões
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eduardo de souza (635) 31/01/2010 15h49
eduardo de souza (635) 31/01/2010 15h49
Fazer dinheiro sem dinheiro e de quebra, enforcar a juros altos uma nação e suas riquezas naturais.
Os bancos produzem 1 trilhão em papel impresso em cima de papel emitido pelo governo, ficam com 10% logo de início, 100 bilhões, pegam essa porcaria que não existe e passa à frente resgatando em troca as riquezas naturais.
Um bando de safados colocou em risco a vida toda de um planeta por um papel impresso combinado com inteligência e falta de caráter.
9 opiniões
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Rubens Junior Moreno Rubio (88) 30/01/2010 19h40
Rubens Junior Moreno Rubio (88) 30/01/2010 19h40
oi, caros leitores, toda vez que os gls, publicam essas falsas teorias, o que já foi provado pelo climagate, me vejo com a burrice atinge a todos, vejo hoje os ambientalistas, como foi na alemanha da segunda guerra, para não ofender, ou como os comunistas, a amazonia, é o futuro da agricultura e da pecuária, tem um indice de produtividade enorme, uma pecuária de ponta, e para nós obras nada, financiamento nada, por culpa do meio ambiente, a burocracia que nos obrigam, tudo isto é para entregar a amazonia aos gls americanos, ou seus exercitos, hoje não adianta ser homem, é melhor ser gls, e gritar na frente do palácio do planalto para proteger a floresta, mas fomos incentivados a vir aqui a produzir aqui, antes eramos pioneiros hoje somos bandidos, uma vergonha, a amazonia, precisa ser ocupada com urgencia, e ter ainda um limite de + 20% a ser desmatado, para que se configure como território nacional e se de condição de vida aos seus moradores, infelizmente a minoria vence, com berros e a força do dinheiro gls ianque, muito obrigado 6 opiniões
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