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Rivalidade Lula-Chávez beneficia países pobres, diz jornal
da BBC Brasil
Os grandes vencedores da rivalidade entre os presidentes Luiz Inácio da Silva, do Brasil, e Hugo Chávez, da Venezuela, "são países com alto índice de pobreza que são tipicamente ignorados por causa de suas economias pequenas", disse artigo publicado na edição desta sexta-feira do jornal americano "The Christian Science Monitor".
"A Nicarágua, por exemplo, está se beneficiando fortemente da atenção de ambos", afirmou. "Em sua viagem nesta semana, Lula ofereceu assistência técnica ao presidente nicaragüense Daniel Ortega para produzir etanol. O compromisso vem no bojo de promessas de Chávez, durante viagens em meados deste ano, de fornecer à nação centro-americana petróleo a preços mais baixos e uma nova refinaria."
O jornal compara os giros de Lula e Chávez desta semana, que "sublinham, pelo menos simbolicamente, aspirações de liderar a América Latina, com energia conduzindo sua política".
"Analistas discordam da dimensão da cisão entre os dois líderes que, embora amistosos, têm visões rivais. ainda assim, uma coisa é certa: nunca foi tão bom ser uma nação com necessidades energéticas na região."
A diferença entre os dois líderes é analisada por Larry Birns, diretor do Conselho de Assuntos Hemisféricos em Washington, de tendência esquerdista, e um dos especialistas ouvidos no artigo.
"Lula é um homem com bons instintos. Mas ele não tem uma visão... ele não pensa em termos de transformações profundas. Chávez, por outro lado, não tem nada, apenas visão."
Segundo Birns, o presidente lida com questões e negócios cotidianos sem "reformas gigantescas, enquanto para Chávez, todos os dias são dias para transformações".
O artigo do "Christian Science Monitor" afirma ainda que "embora exista alguma distância entre Chávez e Lula nestes dias, ninguém espera um confronto entre dois líderes que dependem um do outro econômica e politicamente".
O analista Riordan Roett, diretor do Programa de Estudos de América Latina na Johns Hopkins School of Advanced Internacional Studies em Washington, também é mencionado no artigo, dizendo que "os brasileiros estão adotando uma perspectiva muito realista no longo-prazo de seu papel no hemisfério".
Para Roett, "os brasileiros são muito mais moderados; eles estão tentando conter Chávez o mais que podem".
Balanço
Sob o título "Lula corteja os aliados de Chávez", o jornal espanhol "El País" noticia nesta sexta-feira os giros dos presidentes do Brasil e da Venezuela pela América Latina.
Luiz Inácio Lula da Silva termina seu giro no Panamá "com um balanço mais do que positivo para seus projetos", reafirmando em cada uma das etapas da visita a México, Honduras, Nicarágua, Jamaica e Panamá "a mensagem de que o 'Brasil não busca a hegemonia' e, ao mesmo tempo, firmando diversos acordos comerciais que aumentarão ainda mais a influência da poderosa economia brasileira pelo continente".
E foi bem sucedida a aproximação de Brasília com dois governos de características muito diferentes, diz o "El País" --o do conservador mexicano Felipe Calderón, e o do sandinista nicaragüense Daniel Ortega.
"De sua parte, Chávez voltará a Caracas com o reforço de suas relações com os países que considera seus aliados na América do Sul --Argentina, Equador e Bolívia-- e com uma notável melhora em suas relações com o Uruguai", conclui o artigo.
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