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07/03/2007 - 17h30

Chávez fecha fábrica da Coca-Cola por 48 horas

MARCIA CARMO
da BBC, de Buenos Aires

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, mandou fechar por 48 horas a fábrica da Coca-Cola no país, um dos principais símbolos do investimento americano no exterior.

O governo venezuelano argumentou que a fábrica, que desde 2003 pertence a investidores mexicanos, não vinha pagando corretamente seus impostos.

2.mar.2007AP
Homem passa por muro com os dizeres "Chávez, presidente, rumo ao socialismo"
Homem passa por muro com os dizeres "Chávez, presidente, rumo ao socialismo"
Em um comunicado, a Coca-Cola Femsa, maior fábrica do refrigerante na região, de acordo com a imprensa venezuelana, negou a acusação e disse que "paga tributos em dia e respeita as leis fiscais do país".

A empresa acrescentou ainda que, apesar da decisão oficial, continuará a funcionar na Venezuela. A Coca-Cola possui 32 representações que empregam 7.400 pessoas no país.

A medida do governo Chávez faz parte do programa "evasão zero" e foi anunciada nesta semana pelo Serviço Nacional Integrado de Administração Alfandegária e Tributária (Seniat).

Nacionalização

Assim que foi eleito pela terceira vez, em dezembro do ano passado, o presidente Hugo Chávez anunciou a nacionalização de diferentes setores, dentro do que chamou de "socialismo do século 21".

A nacionalização, informou Chávez, atingiria, entre outras, as empresas transnacionais de petróleo Exxon Movil e Chevron, dos Estados Unidos, além da francesa Total e da britânica British Petroleum.

O líder venezuelano disse que essas companhias teriam que se submeter ao controle da estatal PDVSA. No setor de telecomunicações, a empresa privada CANTV, com participação da americana Verizon Communications, passaria à administração e poder do Estado.

Na área de energia elétrica, o alvo foi a EDC, controlada pela americana AES Corporation, especializada na produção e distribuição do setor.

No mês passado, o grupo americano assinou acordo com o governo Chávez, com a venda de sua parcela de 82% no negócio, e abriu caminho para a nacionalização.

Bush

Os anúncios de Chávez provocaram críticas públicas do presidente dos Estados Unidos e de outras autoridades americanas.

Dona da maior reserva de petróleo do mundo e quinto maior exportador mundial do produto, a Venezuela liderada por Chávez vive uma queda de braço cada vez mais intensa com o governo Bush. Em seus discursos, o líder venezuelano costuma dizer que é preciso "derrotar o imperialismo".

O anúncio do fechamento temporário da fábrica da Coca-Cola na Venezuela ocorre a poucas horas do início de um giro do presidente americano George W. Bush por cinco países da América Latina, incluindo o Brasil.

A Venezuela não faz parte da lista de países que serão visitados por Bush. Durante a viagem do presidente americano por Brasil, Uruguai, Colômbia, Guatemala e México, Chávez viajará para Argentina e Bolívia, que também ficaram de fora da agenda de Bush pela América Latina.

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