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04/05/2007
-
07h51
da BBC Brasil, em Paris
Os programas de governo da socialista Ségolène Royal e do conservador Nicolas Sarkozy, que disputam neste domingo (6) o segundo turno das eleições presidenciais na França, divergem principalmente nas propostas da área econômica e de imigração.
Apesar dos dois finalistas estarem de acordo sobre a necessidade de reduzir a dívida pública e o desemprego, além de estimular o crescimento econômico da França, as alternativas que eles propõem para atingir tais objetivos são totalmente diferentes.
Auto-proclamado "candidato do trabalho", Sarkozy quer flexibilizar a jornada de 35 horas semanais para permitir que os franceses "trabalhem mais para ganhar mais".
Ele promete a exoneração fiscal do pagamento das horas extras para estimular as empresas e os empregados a utilizar o sistema. Sarkozy acredita que o aumento de renda dos trabalhadores estimulará o crescimento, o que vai permitir a criação de empregos.
"Diálogo social"
Já Ségolène prefere o "diálogo social" e diz que os sindicatos e empresas devem discutir, para cada categoria, a melhor solução a ser adotada em relação à jornada de 35 horas.
O programa da socialista prevê sobretudo a ação do Estado para estimular o consumo e melhorar o poder aquisitivo da população, permitindo, dessa forma, maior crescimento econômico.
Royal prevê o aumento progressivo do salário-mínimo para que, ao final do mandato de cinco anos, ele chege a 1,5 mil euros (cerca de R$ 4,1 mil) brutos e também dos baixos salários do setor público e das aposentadorias.
A socialista anunciou ainda uma ajuda financeira às pequenas empresas que contratarem jovens sem qualificação profissional. O Estado pagaria esses salários durante um ano.
Sarkozy promete reduzir o número de funcionários públicos, deixando de substituir a metade dos que devem se aposentar nos próximos anos. A socialista prevê, ao contrário, novas contratações, principalmente nas áreas da saúde e da educação.
Imigração
No tema da imigração, os dois candidatos afirmam que irão examinar caso por caso os dossiês de familías em situação irregular com filhos inscritos nas escolas francesas. Mas as semelhanças nesse campo param por aí.
Sarkozy defende sua lei da "imigração escolhida", que favorece a entrada de estrangeiros com bom nível de estudos e qualificação profissional.
A socialista afirma que se for eleita fará mudanças nessa lei e irá autorizar novamente a regularização de clandestinos que vivem há pelo menos 10 anos na França, medida suprimida por Sarkozy quando era ministro do Interior.
Ségolène também deseja que a Europa seja mais ativa na ajuda ao desenvolvimento da África para evitar fluxos de clandestinos que procuram melhores condições de vida no continente.
Nas questões de segurança, Sarkozy deseja equipar a polícia com novas armas, como a pistola elétrica, e que menores reincidentes sejam julgados como maiores de idade.
Ségolène também afirma que agirá com rigor contra a delinqüência, mas quer reformular os métodos de ação mais repressiva da polícia e introduzir novamente a chamada "polícia de bairro", mais próxima da população.
Mas não existem somente diferenças entre os dois rivais: eles têm propostas mais semelhantes no campo da educação e prometem, por exemplo, apoio extra-escolar gratuito para alunos com dificuldades e mais aulas de expressão artística e cultural nas escolas.
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Candidatos divergem mais em economia e imigração na França
DANIELA FERNANDESda BBC Brasil, em Paris
Os programas de governo da socialista Ségolène Royal e do conservador Nicolas Sarkozy, que disputam neste domingo (6) o segundo turno das eleições presidenciais na França, divergem principalmente nas propostas da área econômica e de imigração.
Apesar dos dois finalistas estarem de acordo sobre a necessidade de reduzir a dívida pública e o desemprego, além de estimular o crescimento econômico da França, as alternativas que eles propõem para atingir tais objetivos são totalmente diferentes.
Auto-proclamado "candidato do trabalho", Sarkozy quer flexibilizar a jornada de 35 horas semanais para permitir que os franceses "trabalhem mais para ganhar mais".
Ele promete a exoneração fiscal do pagamento das horas extras para estimular as empresas e os empregados a utilizar o sistema. Sarkozy acredita que o aumento de renda dos trabalhadores estimulará o crescimento, o que vai permitir a criação de empregos.
"Diálogo social"
Já Ségolène prefere o "diálogo social" e diz que os sindicatos e empresas devem discutir, para cada categoria, a melhor solução a ser adotada em relação à jornada de 35 horas.
O programa da socialista prevê sobretudo a ação do Estado para estimular o consumo e melhorar o poder aquisitivo da população, permitindo, dessa forma, maior crescimento econômico.
Royal prevê o aumento progressivo do salário-mínimo para que, ao final do mandato de cinco anos, ele chege a 1,5 mil euros (cerca de R$ 4,1 mil) brutos e também dos baixos salários do setor público e das aposentadorias.
A socialista anunciou ainda uma ajuda financeira às pequenas empresas que contratarem jovens sem qualificação profissional. O Estado pagaria esses salários durante um ano.
Sarkozy promete reduzir o número de funcionários públicos, deixando de substituir a metade dos que devem se aposentar nos próximos anos. A socialista prevê, ao contrário, novas contratações, principalmente nas áreas da saúde e da educação.
Imigração
No tema da imigração, os dois candidatos afirmam que irão examinar caso por caso os dossiês de familías em situação irregular com filhos inscritos nas escolas francesas. Mas as semelhanças nesse campo param por aí.
Sarkozy defende sua lei da "imigração escolhida", que favorece a entrada de estrangeiros com bom nível de estudos e qualificação profissional.
A socialista afirma que se for eleita fará mudanças nessa lei e irá autorizar novamente a regularização de clandestinos que vivem há pelo menos 10 anos na França, medida suprimida por Sarkozy quando era ministro do Interior.
Ségolène também deseja que a Europa seja mais ativa na ajuda ao desenvolvimento da África para evitar fluxos de clandestinos que procuram melhores condições de vida no continente.
Nas questões de segurança, Sarkozy deseja equipar a polícia com novas armas, como a pistola elétrica, e que menores reincidentes sejam julgados como maiores de idade.
Ségolène também afirma que agirá com rigor contra a delinqüência, mas quer reformular os métodos de ação mais repressiva da polícia e introduzir novamente a chamada "polícia de bairro", mais próxima da população.
Mas não existem somente diferenças entre os dois rivais: eles têm propostas mais semelhantes no campo da educação e prometem, por exemplo, apoio extra-escolar gratuito para alunos com dificuldades e mais aulas de expressão artística e cultural nas escolas.
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