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16/05/2007
-
07h47
A família da freira americana Dorothy Stang, assassinada em 2005 no Pará, ficou desapontada com o papa Bento 16 por ele não a ter mencionado durante sua visita ao Brasil, na semana passada, segundo afirma reportagem publicada nesta quarta-feira pelo diário americano "Los Angeles Times".
A reportagem destaca uma declaração de um dos irmãos da freira, Thomas Stang, que disse que "o papa não reconheceu o milagre da vida de Dorothy, mas a população de Anapú reconheceu".
O jornal observa que "ela era associada com uma ala politicamente ativa da Igreja Católica, algumas vezes chamada de "Teologia da Libertação', que o papa tentou combater".
A reportagem destaca ainda que a condenação do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura a 30 anos de prisão pelo mando da morte da freira foi recebida na terça-feira em Belém com "música festiva, abraços chorosos e um ensurdecedor aplauso entre os lavradores que se reuniam numa praça pública".
"Especialistas em direitos humanos elogiaram a decisão como uma mudança longamente esperada após anos de impunidade concedida aos latifundiários na região da floresta tropical", comenta o "LA Times".
Teste para a Justiça
Outro diário americano, o "New York Times", também noticiou a condenação do fazendeiro à pena máxima e comentou que "o caso estava sendo visto como um importante teste para a Justiça na ampla terra sem lei da Amazônia".
"De quase 800 assassinatos relacionados a disputas de terra nos Estados do Amazonas e do Pará nos últimos 30 anos, somente quatro dos poderosos mandantes por trás deles foram condenados, e nenhum deles está atrás das grades", afirma o texto do "NY Times".
O diário espanhol "El País" diz que a condenação foi "uma sentença sem precedentes" e observa que o assassinato de Dorothy Stang havia causado "uma grande comoção" no Brasil.
"Apesar de a violência e o assassinato serem freqüentes na luta dos proprietários de terra e garimpeiros contra os lavradores, indígenas ou camponeses sem terra, a avançada idade da vítima, sua nacionalidade americana e o fato de que era uma religiosa católica no maior país católico do mundo , fez com que a ação tivesse uma repercussão enorme e que o governo agisse no caso", relata o jornal.
Para o diário, "o caso Stang representou uma autêntica prova de fogo para a Justiça local, acusada em ocasiões de fazer vistas grossas aos abusos cometidos no vasto território amazônico".
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Família de Dorothy Stang se decepcionou com o papa, diz "LA Times"
da BBC BrasilA família da freira americana Dorothy Stang, assassinada em 2005 no Pará, ficou desapontada com o papa Bento 16 por ele não a ter mencionado durante sua visita ao Brasil, na semana passada, segundo afirma reportagem publicada nesta quarta-feira pelo diário americano "Los Angeles Times".
A reportagem destaca uma declaração de um dos irmãos da freira, Thomas Stang, que disse que "o papa não reconheceu o milagre da vida de Dorothy, mas a população de Anapú reconheceu".
O jornal observa que "ela era associada com uma ala politicamente ativa da Igreja Católica, algumas vezes chamada de "Teologia da Libertação', que o papa tentou combater".
A reportagem destaca ainda que a condenação do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura a 30 anos de prisão pelo mando da morte da freira foi recebida na terça-feira em Belém com "música festiva, abraços chorosos e um ensurdecedor aplauso entre os lavradores que se reuniam numa praça pública".
"Especialistas em direitos humanos elogiaram a decisão como uma mudança longamente esperada após anos de impunidade concedida aos latifundiários na região da floresta tropical", comenta o "LA Times".
Teste para a Justiça
Outro diário americano, o "New York Times", também noticiou a condenação do fazendeiro à pena máxima e comentou que "o caso estava sendo visto como um importante teste para a Justiça na ampla terra sem lei da Amazônia".
"De quase 800 assassinatos relacionados a disputas de terra nos Estados do Amazonas e do Pará nos últimos 30 anos, somente quatro dos poderosos mandantes por trás deles foram condenados, e nenhum deles está atrás das grades", afirma o texto do "NY Times".
O diário espanhol "El País" diz que a condenação foi "uma sentença sem precedentes" e observa que o assassinato de Dorothy Stang havia causado "uma grande comoção" no Brasil.
"Apesar de a violência e o assassinato serem freqüentes na luta dos proprietários de terra e garimpeiros contra os lavradores, indígenas ou camponeses sem terra, a avançada idade da vítima, sua nacionalidade americana e o fato de que era uma religiosa católica no maior país católico do mundo , fez com que a ação tivesse uma repercussão enorme e que o governo agisse no caso", relata o jornal.
Para o diário, "o caso Stang representou uma autêntica prova de fogo para a Justiça local, acusada em ocasiões de fazer vistas grossas aos abusos cometidos no vasto território amazônico".
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