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Situação de 1.400 franceses no Haiti preocupa França
DANIELA FERNANDES
da BBC Brasil, em Paris
O governo da França disse estar preocupado com a situação dos 1.400 franceses que vivem no Haiti, ex-colônia francesa que se tornou independente no início do século 19. A maioria, 1.200 pessoas, reside na capital, Porto Príncipe, fortemente devastada pelo terremoto ocorrido na terça-feira (12).
As autoridades estimam que há também cerca de cem franceses atualmente de passagem no Haiti e cerca de mais uma centena que residem no país sem ter se registrado na embaixada, totalizando cerca de 1.400 pessoas.
A interrupção do sistema telefônico na capital haitiana cria grandes dificuldades para se entrar em contato com as pessoas na cidade.
"É muito difícil saber onde os franceses estão. Uma parte da embaixada foi destruída e eles estão reunidos em dois locais. São cerca de 100 pessoas. O restante, não sabemos onde eles se encontram", afirmou nesta quarta-feira o ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, em um discurso no Parlamento.
Telefones
O ministério francês informou à BBC Brasil que "levará muito tempo" para localizar os franceses que estão no país. "Como os telefones não funcionam, agentes da embaixada têm de ir pessoalmente aos endereços das pessoas. Mas como está impossível circular pela cidade, o censo demorará para ser realizado", afirmou um porta-voz do ministério francês.
Dois terços dos franceses que vivem no Haiti são expatriados. Na maior parte dos casos, eles vivem há muitos anos no país, já há várias gerações, informa a embaixada da França no Haiti. Segundo as autoridades, 60% dos franceses residentes no país trabalham principalmente no setor de serviços, em hotéis e restaurantes, e também como artesãos e professores.
O restante, na grande maioria, é de funcionários públicos que trabalham em programas de cooperação com o país, entre eles 60 franceses que atuam na Missão das Nações Unidas para o Haiti (Minustah) e em outras agências da ONU, além de membros de ONGs.
"Milagre"
Há cerca de dez companhias francesas instaladas no país. Elas também informaram que não conseguem falar com seus funcionários no Haiti. É o caso da Air France, que possui um escritório em Porto Príncipe, e da companhia petrolífera Total. "Sabemos que o prédio da sede social não caiu, mas sofreu abalos. Não sabemos mais nada, o sistema de comunicações está cortado", afirma um representante do grupo francês em Paris.
As autoridades francesas afirmam não dispor até o momento de qualquer estimativa sobre o possível número de franceses mortos e feridos no país, mas já estimam que será muito difícil que nenhum francês integre a lista de vítimas.
Até agora, sabe-se apenas que um funcionário da embaixada francesa está gravemente ferido. "Será um milagre se nenhum francês tiver sido afetado", declarou Alain Joyandet, ministro da Cooperação. Ele também informou que 200 pessoas estão desaparecidas sob os escombros do Hotel Le Montana, em Porto Príncipe, ocupado sobretudo por turistas estrangeiros.
A comunidade haitiana na França também afirma não conseguir obter notícias de familiares no Haiti.
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" ... imagino que uma pessoa fale tanto mal do presidente, não deva nem jogar lixo na lixeira e, sim, em via pública da janela do importado dele. (risos).
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Vc é um daqueles que nem sabe o que fala ou escreve, então a gente precisa desenhar. Se vc nunca me viu, não sabe se sou mais magro ou mais gordo, como pode inventar uma asneira dessa para ter o que escrever? Isso é ser leviano, infantil.
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No Brasil existem as leis que pegam e as que não pegam. Dentre as que pegaram está a Lei de Gerson, infeliz propaganda de cigarro feita por quem pela lógica deveria ser totalmente contra, por tratar-se de um atleta. Não podemos esquecer que o tabagismo, assim como o alcoolismo, são agentes causais da pressão alta. Como essa lei vale para todas as camadas socias, possivelmente existem milhares de mães pelo Brasil afora que se sentem orgulhosas quanto seus filhos fazem uso dela e se tornam cidadãos expressivos na sociedade, não por seus feitos positivos, mas por obterem prestígio e admiração justamente por serem espertos e aproveitadores.
Vejo como um fator positivo para o Haiti a sua proximidade com os EUA e seu grande mercado. Se se aproveitar o clima tropical para produzir frutas como o abacaxi e o mamão papaya que praticamente só é produzido no Hawai, o Haiti terá um importador garantido, e nestas duas culturas nós brasileiros somos experts. Pode-se aproveitar o clima da ilha para produzir cacau, abacate, seringais, uvas etc.
Cabe a agora aos paises com bom know-how agrícola se disporem a ajudar o Haiti, e só assim sairão desse estágio de atrazo.
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Para uma vida melhor, uma adoção justa?
Ou serão escravos de pessoas ditas boazinhas?
Acho q a UNICEF tem a obrigação de apurar.
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