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28/05/2007 - 20h44

Relator da CPI vê falha de controlador em acidente da Gol, mas descarta dolo

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Depois de ouvir os depoimentos dos controladores de vôo que trabalhavam no dia do acidente com o Boeing da Gol, no ano passado, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse hoje não ter mais dúvidas de que falhas humanas provocaram o choque entre o avião e o jato Legacy. Relator da CPI do Apagão do Senado, Demóstenes disse que a responsabilidade deve ser dividida entre os controladores e os pilotos do Legacy.

"Um dos controladores que estava de serviço em Brasília contribuiu para o acidente. Está evidente a falha humana, mas não me convenci de que o sistema [de controle de vôo] é essa maravilha", afirmou.

Demóstenes disse, porém, não acreditar que os controladores tenham cometido dolo no dia do acidente. "Eu não acredito em dolo, como algumas autoridades concluíram, mas sim em culpa. Eles [controladores] não tiveram atenção", afirmou.

Para o presidente da CPI do Senado, Tião Viana (PT-AC), há uma disparidade entre o que afirmam os controladores e os oficiais da Aeronáutica. "Os controladores afirmam que há riscos para o sistema [de controle aéreo], mas os oficiais negam. Temos que encontrar um meio termo. Fica uma seta apontando para um lado e a outra, para outro", afirmou.

Demóstenes acredita que em duas semanas terá condições de apresentar um relatório parcial sobre as causas do acidente com o Boeing da Gol, que resultou na morte de 154 pessoas em setembro do ano passado.

Após as investigações sobre o acidente, o relator quer concentrar os trabalhos sobre a Infraero e os contratos firmados pela estatal com indícios de corrupção. "O acidente da Gol já está esclarecido. Estou doido para entrar na parte da Infraero", disse.

A CPI do Senado ouve, amanhã, o presidente da Comissão de Investigação do Acidente Aeronáutico do Vôo Gol 1907, coronel-aviador Rufino Antônio da Silva Ferreira. Também devem prestar depoimento à CPI nesta terça-feira, entre outros, os presidentes da TAM, Marco Antonio Bologna, e da Gol, Constantino de Oliveira Júnior.

 

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