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Jobim diz que ainda não tem nome do substituto de Pereira na Infraero
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
Há uma semana no cargo, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta quarta-feira que ainda não tem o nome escolhido daquele que vai presidir a Infraero. Ele disse que está examinando as possibilidades. Mas já descartou a permanência na função do atual presidente do órgão, brigadeiro José Carlos Pereira. De acordo com o ministro, não há data para anunciar a substituição.
Jobim reafirmou também que o Ministério da Defesa vai construir um terceiro aeroporto na região metropolitana de São Paulo. Mas deu a entender que é uma medida que vai ser executada a longo prazo. De acordo com ele, os estudos consideram o aumento da demanda do setor aéreo com perspectivas até 2020. Ele destacou que esta "não será uma medida emergencial".
Em relação ao aeroporto de Congonhas, onde ocorreu a acidente com o Airbus-A320 da TAM no último dia 17, Jobim destacou que ele será mantido como "um aeroporto de ponto a ponto". O ministro reiterou a redistribuição de 151 vôos de Congonhas para os aeroportos de Cumbica, em Guarulhos (região metropolitana de São Paulo), e de Viracopos, em Campinas (95 km de São Paulo).
Ontem, o ministério informou que a Infraero vai continuar executando as obras de fixação de ranhuras ("grooving") na pista principal de Congonhas --seguindo o cronograma já definido cujo término está previsto para setembro de 2007.
Obras
Outra idéia é realizar obras para ampliar a infra-estrutura do aeroporto de Viracopos --para onde serão deslocados vôos que antes tinham como referência Congonhas. Segundo o ministro, essas obras serão realizadas até março de 2008.
Jobim reiterou que vai ser mantido o número de pousos e decolagens no aeroporto internacional de Guarulhos durante a reforma na pista principal do terminal.
"Estudos do Decea [Departamento do Controle do Espaço Aéreo] e da Anac [Agência Nacional de Aviação Civil] levavam à conclusão que era possível manter os 151 vôos em Guarulhos com operações preliminares de consertos, digamos, cosméticos. São consertos provisórios", afirmou Jobim.
Em Guarulhos, as obras são para reparar as fissuras existentes na pista, segundo informações divulgadas ontem pelo Ministério da Defesa. Nesta quarta-feira, Jobim afirmou que as obras definitivas em Cumbica vão ter início em março de 2008.
Vários especialistas avaliaram que era emergencial os reparos na pista do aeroporto de Guarulhos.
O Ministério da Defesa informou que a diminuição ocorrerá apenas entre a 0h e as 6h e que a segunda pista é suficiente para absorver todos os vôos, inclusive os recentemente desviados de Congonhas.
Reclamações
O ministro Nelson Jobim demonstrou que o governo federal não pretende ceder às pressões das companhias aéreas para que sejam flexibilizadas as regras para atuarem no aeroporto de Congonhas. É que pela decisão do Conac (Conselho de Aviação Civil), apenas vôos de até duas horas poderão pousar e decolar em Congonhas.
Para representantes do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas), a medida torna inviável a operação de algumas companhias, obrigando algumas empresas a reduzir o número de vôos ou aumentar a frota de aeronaves.
Segundo Jobim, não há possibilidade de o Conac rever as decisões nem mesmo alterar a ordem de duas horas para quilômetros ou outra medidas. "Há que se ajustar a essas regras".
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