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01/08/2007 - 12h42

Para CPI, pilotos não conseguiram frear por falhas nos equipamentos do Airbus

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Integrantes da CPI do Apagão Aéreo na Câmara estão convictos de que os pilotos do Airbus-A320 da TAM não conseguiram frear a aeronave no dia do acidente em Congonhas (SP) por falhas nos equipamentos do avião. Após ter acesso à transcrição dos diálogos dos pilotos da aeronave, o relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS), disse que a aeronave possuía falhas que prejudicaram a frenagem.

"Pelo que enxergamos, podemos afirmar que a máquina falhou. Há o procedimento de colocar o manete na posição adequada, mas temos que analisar com profundidade todas as possibilidades", disse Maia.

Na opinião do relator, a falha dos equipamentos de frenagem foi "preponderante" para provocar o choque da aeronave com o prédio da TAM Express, em Congonhas. "Eu não descarto nenhuma possibilidade, mas essa caminha para ser a principal."

O deputado Miguel Martini (PHS-MG), que é controlador de vôo, disse também estar convicto de que problemas técnicos do Airbus contribuíram para o choque. "Os dados apontam mais para falhas no equipamento da aeronave do que falha humana. Ele [piloto] não tinha um dos reversos. Isso é pane da aeronave, não do piloto", disse.

Para o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), as transcrições dos diálogos mostram que o piloto agiu de forma correta ao tentar impedir o acidente. O deputado defende, assim como o relator da CPI, que as investigações sejam aprofundadas para permitir que a CPI chegue a conclusões sobre a tragédia.

"Vamos cruzar as informações dos diálogos com as das caixas-pretas de dados. Também precisamos confrontá-las com outras informações das investigações. Os problemas na aeronave podem, sim, ter levado ao acidente", disse Maia.

O deputado Efraim Filho (DEM-PB), que acompanhou o trabalho de peritos nos Estados Unidos para a transcrição dos diálogos, considera prematuro falar em causas do acidente.

"Houve um alerta da torre de controle sobre as condições escorregadias da pista. A torre pediu para o piloto vir numa velocidade menor possível. Após o pouso, o sistema de freios não disparou. Resta analisar se os freios não disparam por um comando errado do piloto ou se por falhas na aeronave", afirmou.

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