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Advogado diz que Renan foi vítima de um "massacre"
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O advogado do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), Eduardo Ferrão, rebateu nesta quinta-feira, durante reunião do Conselho de Ética do Senado, os argumentos dos relatores Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES) de que o presidente da Casa não conseguiu comprovar ter renda suficiente para arcar com o pagamento de pensão à jornalista Mônica Veloso.
Em uma defesa enfática de Renan, o advogado disse que o peemedebista foi vítima de um "massacre" da imprensa desde que as denúncias de sua ligação com a Mendes Júnior vieram à tona.
"É uma tolice dizer que o senador Renan não conseguiu provar que os recursos eram dele. Quem tem que provar é o acusador", disse o advogado. Ferrão aproveitou o espaço da defesa de Renan no conselho para afirmar que os relatores não têm provas de que o peemedebista teria usado dinheiro da empreiteira Mendes Júnior, por intermédio do lobista Cláudio Gontijo, para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso.
"Eles dizem que não tem provas de que a Mendes Júnior pagou [a pensão], mas a relação dele com o senhor Cláudio Gontijo, o simples vínculo com essa pessoa é quebra de decoro?", questionou Ferrão.
O advogado disse que, apesar de Renan ter apresentado defesa, os parlamentares já decidiram seus votos com base em critérios políticos. Mas fez um apelo pela absolvição de seu cliente. "Os senhores estarão decidindo sobre um mandato que foi concedido pelo povo. A mim, me parece intolerável que o julgamento será feito por preceitos políticos. O ato de julgar é sagrado, exige consciência", afirmou Ferrão.
Acusação
Antes da defesa do advogado, o senador José Nery (PSOL-PA) apresentou os argumentos da acusação em favor da cassação de Renan. O senador é autor da representação do PSOL que defende a quebra do decoro parlamentar do peemedebista diante de sua suposta relação com a empreiteira Mendes Júnior.
Nery argumentou que Renan não realizou saques em sua contas bancárias suficientes para o pagamento da pensão à jornalista. O senador também disse que Renan, ao justificar ter renda paralela à de senador com a venda de gado em Alagoas, não comprovou suas movimentações agropecuárias com documentos consistentes.
O conselho já discute por mais de três horas o processo contra Renan, no qual é acusado de usar o lobista da Mendes Júnior para despesas pessoais.
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