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Grupo relança frente em defesa do voto aberto em todas as sessões do Congresso
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Depois da votação secreta que absolveu o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no plenário do Senado na semana passada, a frente parlamentar em defesa do voto aberto fez nesta terça-feira o relançamento político de seus trabalhos para pressionar o Congresso a acabar com as votações sigilosas na Casa. Os deputados cobram a votação, em segundo turno, da PEC (proposta de emenda constitucional) que determina o fim do voto secreto em todas as sessões no Congresso.
Aprovada em primeiro turno há um ano na Câmara, a proposta está paralisada à espera de uma segunda votação antes de seguir para análise do Senado. A PEC acaba com o voto secreto nas votações em que são eleitos os membros da Mesa Diretora da Câmara e do Senado, nas derrubadas de vetos presidenciais, na cassação de mandatos e nas indicações de embaixadores.
"A grande novidade agora é a presença de entidades da sociedade. Só vamos conseguir aprovar essa iniciativa de transparência, por mais óbvia que seja, se houver pressão de fora para dentro", disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).
Para que a frente parlamentar seja reinstalada, são necessárias as assinaturas de ao menos 171 deputados. Os parlamentares esperam conseguir o número mínimo de assinaturas até quinta-feira, mas decidiram fazer o lançamento político da frente nesta tarde na Câmara para pressionar o Senado nas futuras votações contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
"Essa reunião não é um factóide, mas um fato político muito importante. O ideal é colocarmos essa matéria em votação logo depois da discussão sobre a CPMF [contribuição provisória sobre movimentação financeira]", disse Alencar.
Nesta quarta-feira, um grupo de deputados e senadores vai fazer o lançamento de uma frente parlamentar mista (Câmara e Senado) na defesa do voto aberto. "Os últimos acontecimentos apontam para a necessidade de acabar com o voto secreto porque vimos e sentimos seus efeitos. Com o voto secreto, o combate à impunidade fica muito difícil, senão impossível", disse o deputado Raul Jungmann (PPS-PE).
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O Brasil é refém dos políticos, que tem o voto obrigatório como sua grande arma.
Eu era otimista. Agora, só resta esperar que as geraçöes futuras consigam desatar este nó.
gabriel moraes
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