Publicidade
Publicidade
Mantega ameniza discurso e diz acreditar em entendimento com Senado sobre CPMF
Publicidade
RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
Um dia depois de ameaçar aumentar impostos se a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que prorroga a cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011 vier a ser derrubada no Senado, o ministro Guido Mantega (Fazenda) amenizou hoje o tom do discurso e disse confiar num entendimento com os parlamentares da Casa. "Eu confio na sensibilidade do Senado para que possamos aprovar a CPMF", disse Mantega após se reunir com o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Marco Maciel (DEM-PE).
Depois de ser aprovada, em dois turnos, na Câmara dos Deputados, a PEC da CPMF chegou ontem ao Senado e foi remetida para a CCJ --que analisará a admissibilidade constitucional da proposta. A relatora da proposta na CCJ, Kátia Abreu (DEM-TO), já disse ser contrária à prorrogação da cobrança do chamado imposto do cheque.
Ao sair do encontro, Mantega disse que acreditava num entendimento com os senadores, mas alertou para o risco da necessidade de elevação de impostos se a CPMF não for votada a tempo --hoje, a cobrança vai até 31 de dezembro. "Teríamos de fazer muita ginástica para manter a estabilidade. Talvez a gente tenha de aumentar alíquotas de outras impostos, como o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e Imposto de Exportações."
A ameaça de Mantega de ontem foi mal recebida pelos parlamentares da oposição, que não gostaram do discurso do ministro. Ontem, o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) tentou evitar um confronto direto com o Senado e chegou a contradizer Mantega. "Nós não queremos aumentar impostos e não temos feito isso. Não é fácil, aliás. É difícil aumentar imposto e acho que a sociedade não quer que aumente", afirmou Bernardo ontem.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), endossou o novo discurso de Mantega e disse que está confiante na aprovação da PEC da CPMF.
No entanto, ele disse que há mecanismos que prevêem a apresentação de um substitutivo caso o relatório da senadora Kátia Abreu seja contrário à cobrança. O ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais) também participou do encontro.
Ao final do encontro, Maciel diz que é possível negociar, mas admitiu que não será fácil. "Não é fácil um entendimento nessa área."
Acompanhe as notícias em seu celular: digite wap.folha.com.br
Leia mais
- União libera R$ 1 bi em emendas em 2 meses
- Governo escala ministros para convencerem senadores a aprovarem CPMF
- Bernardo contradiz Mantega e descarta aumentar imposto se CPMF não passar
- Mantega ameaça elevar impostos caso CPMF seja derrubada no Senado
- Lula teme que crise no Senado ponha em risco a CPMF
- Governo acelera a liberação das emendas parlamentares
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice
Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
avalie fechar
avalie fechar
GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
avalie fechar