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11/10/2007 - 12h23

Mantega ameniza discurso e diz acreditar em entendimento com Senado sobre CPMF

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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

Um dia depois de ameaçar aumentar impostos se a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que prorroga a cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011 vier a ser derrubada no Senado, o ministro Guido Mantega (Fazenda) amenizou hoje o tom do discurso e disse confiar num entendimento com os parlamentares da Casa. "Eu confio na sensibilidade do Senado para que possamos aprovar a CPMF", disse Mantega após se reunir com o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Marco Maciel (DEM-PE).

Depois de ser aprovada, em dois turnos, na Câmara dos Deputados, a PEC da CPMF chegou ontem ao Senado e foi remetida para a CCJ --que analisará a admissibilidade constitucional da proposta. A relatora da proposta na CCJ, Kátia Abreu (DEM-TO), já disse ser contrária à prorrogação da cobrança do chamado imposto do cheque.

Ao sair do encontro, Mantega disse que acreditava num entendimento com os senadores, mas alertou para o risco da necessidade de elevação de impostos se a CPMF não for votada a tempo --hoje, a cobrança vai até 31 de dezembro. "Teríamos de fazer muita ginástica para manter a estabilidade. Talvez a gente tenha de aumentar alíquotas de outras impostos, como o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e Imposto de Exportações."

A ameaça de Mantega de ontem foi mal recebida pelos parlamentares da oposição, que não gostaram do discurso do ministro. Ontem, o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) tentou evitar um confronto direto com o Senado e chegou a contradizer Mantega. "Nós não queremos aumentar impostos e não temos feito isso. Não é fácil, aliás. É difícil aumentar imposto e acho que a sociedade não quer que aumente", afirmou Bernardo ontem.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), endossou o novo discurso de Mantega e disse que está confiante na aprovação da PEC da CPMF.

No entanto, ele disse que há mecanismos que prevêem a apresentação de um substitutivo caso o relatório da senadora Kátia Abreu seja contrário à cobrança. O ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais) também participou do encontro.

Ao final do encontro, Maciel diz que é possível negociar, mas admitiu que não será fácil. "Não é fácil um entendimento nessa área."

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Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Fim da estabilidade de servidores públicos seria uma saída respeitosa ao gargalo de crescimentoe diminuição de gastos.
Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
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Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
É errado fazer essa divisão de quem merece mais ou quem merece menos, pois, a princípio, todos os partidos são iguais. No entanto, nós sabemos disso, que, se o DEM ou o PSDB estivesse no poder, ele também iriam fazer a mesma coisa. Isso sempre existirá nessa política pobre que é a brasileira. 1 opinião
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Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
VIVA O PMDB: ESTÁ SEMPRE PRONTO PARA PREJUDICAR O POVO. QUE SAUDADE DE ULISSES
GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
sem opinião
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