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Governo articula adiar parecer sobre adesão da Venezuela ao Mercosul
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
Sem a maioria dos votos na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, o governo deve defender nesta quarta-feira o adiamento da votação do parecer que propõe a adesão da Venezuela ao Mercosul. A sugestão foi apresentada hoje pelo PMDB a líderes da base aliada e deverá ser formalizada na sessão de amanhã, quando está prevista a discussão e votação do relatório.
O apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seus interlocutores ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, provocou a oposição e causou desconforto entre aliados ligados ao governo. Em busca de conter os ânimos, deputados afirmam que precisam de mais tempo para articular e garantir a aprovação do parecer.
Aliados que temem a derrota do governo afirmaram à Folha Online que o assunto poderá ser votado na próxima semana. Se o parecer for rejeitado pela CCJ, o assunto será arquivado e apenas um recurso --aprovado pelo plenário da Câmara-- poderá provocar uma nova discussão.
O parecer em discussão é do deputado Paulo Maluf (PP-SP), que recomendou a admissibilidade do ingresso da Venezuela, mas com ressalvas e críticas a Chávez. Em entrevista, Maluf insinuou que o presidente venezuelano sofreria de problemas mentais e teria de se submeter a tratamento psiquiátrico.
Se aprovado na CCJ, o parecer segue para discussão e votação no plenário da Câmara. Mas o governo só quer que o tema seja votado com a garantia de que obterá a vitória.
Apesar da polêmica, o presidente da CCJ, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), disse que está mantida a sessão desta quarta-feira pela manhã, cuja pauta principal é o parecer de Maluf. A idéia é realizar, no máximo, duas horas e meia de debates quando serão permitidos discursos de dez parlamentares --que terão 15 minutos cada um para defender suas posições.
O tema divide opiniões entre os parlamentares. Nesta terça-feira, ocorreu uma audiência pública na CCJ para debater o ingresso da Venezuela no Mercosul.
No momento em que especialistas discutiam o assunto na Câmara, o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores), no Palácio do Planalto, defendia a participação da Venezuela no bloco econômico. Segundo ele, não se deve acusar o país vizinho de não ter uma democracia.
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Como os Bush negaram suporte (na imprensa, fala sempre bebado, quando melhora diz outra coisa) e o McCain ja' disse que vai acabar com a economia de guerra; Uribe tratou logo de seguir o conselho do Amorin: dar um abracao no Correa e no Chaves ...
Ate' lagrimas de crocodilo cairam dos seus olhos ...
E assim o Brasil vai se firmando como lider na America do Sul, com motores franceses e engenharia da casa...
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