Publicidade
Publicidade
Polícia prende suspeitos de assassinar líder de assentamento em MG
Publicidade
RENATA BAPTISTA
da Agência Folha
A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu dois suspeitos do assassinato de João Calazans, 50, líder de assentamento rural em Pingo D'Água (229 km de Belo Horizonte) ligado à Fetaemg (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais).
Paulo Firmino, 37, --apontado pela polícia como autor do crime-- e Isaías Silva, 19, --que teria vendido a arma a Firmino-- estão detidos desde ontem na delegacia de Caratinga (MG), a 45 km de Pingo D'Água, após terem sido citados em depoimentos de testemunhas.
Firmino e Silva são moradores do assentamento Chico Mendes 2, cuja associação Calazans presidia. Segundo a polícia, tinham divergências com o líder pela divisão de lotes na área. Em depoimento, eles negaram envolvimento no crime.
Calazans foi assassinado na terça-feira à noite com um tiro na cabeça. Ele estava no quintal de casa, na presença da mulher, sogra, cunhada e dois filhos pequenos. Morreu antes de receber atendimento médico.
Além de ser presidente da associação do assentamento, Calazans também presidia o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pingo D'Água. Foi secretário do Meio Ambiente do município e coordenador regional da Fetaemg.
Segundo a CPT (Comissão Pastoral da Terra), as terras do assentamento, criado em 2002, ainda são objeto de conflitos por causa da demora do governo em finalizar a divisão do espaço. O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) informou que 48 famílias vivem no assentamento e que a área já foi dividida.
A reportagem não conseguiu falar com os suspeitos ou seus advogados hoje.
Leia mais
- Líder de assentados é morto em Minas Gerais
- Justiça decreta prisão de seis por mortes na Syngenta
- Integrantes do MST voltam a invadir área em Limeira (SP)
- Sem-terra protestam contra multinacional em cinco Estados
- Famílias ligadas ao MST invadem fazenda em Mato Grosso
- Livro explica reforma agrária e aborda conflitos rurais; leia capítulo
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
avalie fechar
avalie fechar
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
avalie fechar