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14/12/2007 - 15h44

Chinaglia diz que governo deve encaminhar aditivo ao projeto do Orçamento 2008

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KAREN CAMACHO
Editora-assistente de Dinheiro da Folha Online

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou nesta sexta-feira acreditar que o governo federal enviará ao Congresso Nacional um aditivo ao projeto do Orçamento Geral da União para 2008, prevendo cortes necessários após a rejeição da prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

Segundo Chinaglia, a outra opção, menos provável, seria retirar o projeto do Legislativo e devolvê-lo ao governo. Para ele, no entanto, isso não deve ocorrer, já que o governo, se retirar a proposta, perde os prazos previstos para a aprovação da matéria.

O petista não deu detalhes sobre os cortes que o governo deve fazer para compensar a perda de receita com o fim da CPMF, mas afirmou que haverá nos três Poderes.

Ele atribuiu a derrota do governo no Senado durante a votação à disputa política. "Faltou ao Senado debate que escapasse da escaramuça de ser governo ou oposição."

Chinaglia disse ainda que a emenda 29 possa ser regulamentada no Senado mesmo constando a CPMF no texto. Segundo o petista, isso deve ser resolvido com a retirada de recursos de outras áreas.

A regulamentação da emenda 29 foi aprovada em outubro pela Câmara dos Deputados durante as negociações para a prorrogação da cobrança da CPMF. O setor teria R$ 24 bilhões a mais nos próximos quatro anos. No texto aprovado, esse adicional era um percentual da arrecadação do "imposto do cheque".

Recriação

Nos bastidores, líderes do DEM e do PSDB acenam com a possibilidade de negociar com o governo a recriação da CPMF em 2008, desde que a mudança ocorra no âmbito da reforma tributária a ser enviada ao Congresso.

O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) disse que, apesar da postura contrária do DEM à CPMF, o partido aceita negociar o seu retorno --se o governo firmar o compromisso de mudar sua estrutura. "No formato atual, o próprio presidente Lula não aceita o retorno [da CPMF]. Agora, pode, se colocar um botox e tirar umas gordurinhas."

Segundo Heráclito, a reforma tributária é um compromisso não cumprido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde a sua primeira eleição --por isso deve agora sair do papel. "A raiz da questão é a reforma tributária. Por que o governo não pediu a prorrogação da CPMF por apenas um ano, para depois discutirmos a reforma tributária? Eu sugiro que se vote a reforma nos primeiros três meses do ano que vem", afirmou.

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) ironizou o retorno da CPMF depois de sua derrota no plenário do Senado. Mas saiu em defesa do envio da reforma tributária ao Congresso --inclusive com a rediscussão do "imposto do cheque" no âmbito da reforma.

"A CPMF como imposto permanente dentro da reforma tributária, claro que é possível. Mas o retorno da CPMF [isoladamente] é irracional, não dá para entender. Eu acho que morreu, não tem mais o que fazer", disse.

Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Fim da estabilidade de servidores públicos seria uma saída respeitosa ao gargalo de crescimentoe diminuição de gastos.
Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
É errado fazer essa divisão de quem merece mais ou quem merece menos, pois, a princípio, todos os partidos são iguais. No entanto, nós sabemos disso, que, se o DEM ou o PSDB estivesse no poder, ele também iriam fazer a mesma coisa. Isso sempre existirá nessa política pobre que é a brasileira. 1 opinião
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Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
VIVA O PMDB: ESTÁ SEMPRE PRONTO PARA PREJUDICAR O POVO. QUE SAUDADE DE ULISSES
GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
sem opinião
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