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20/12/2007 - 08h35

Em 15 dias, governo libera R$ 739 mi a emendas de parlamentares

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SILVIO NAVARRO
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Nos 15 dias em que enfrentou suas principais batalhas no Congresso, o governo Lula destinou para as emendas de parlamentares ao Orçamento 21% do total de verbas que havia reservado em todo o ano.

Foi o maior fluxo dos chamados "empenhos" (compromissos de gasto) em emendas no Congresso: R$ 739,4 milhões. O valor é superior ao total destinado em todo o mês de novembro --R$ 644,8 milhões. No ano inteiro, foram R$ 3,5 bilhões.

Segundo dados do Siafi coletados pela assessoria de Orçamento do DEM, a maior fatia refere-se às chamadas emendas de bancada (R$ 537,1 milhões). Essa modalidade de emenda é usada pelos parlamentares para atender a pedidos dos governadores.

Em dezembro, a bancada campeã em liberação de recursos foi a de Pernambuco, com R$ 87,6 milhões, valor que equivale a quase tudo o que foi destinado no ano (R$ 89,7 milhões). Aliado do Planalto, o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) capitaneou as negociações da CPMF.

Pernambuco também conseguiu outros R$ 66 milhões, esses efetivamente pagos, desembolsados sob a rubrica de restos a pagar de anos anteriores. O Rio Grande do Sul, da governadora Yeda Crusius (PSDB), obteve R$ 49,3 milhões em restos a pagar. A bancada gaúcha votou com o governo no Senado.

A seguir aparecem as bancadas de Maranhão (R$ 69 milhões), Goiás (R$ 64,8 milhões), São Paulo (R$ 41,7 milhões) e Roraima (R$ 38,5 milhões).

Na análise das emendas individuais, aparece a liberação de R$ 1,5 milhão em nome de José Roberto Arruda (DEM), hoje governador do Distrito Federal. Na véspera de votar a CPMF, o presidente Lula pediu pessoalmente ajuda a Arruda.

O senador Gilberto Mesquita (PMDB-AC), que chegou a denunciar que estava sendo assediado para votar a CPMF em troca de emendas, obteve R$ 1,2 milhão em restos a pagar.

Os principais aliados beneficiados individualmente em emendas neste mês foram Almeida Lima (PMDB-SE), com R$ 3,3 milhões; Delcídio Amaral (PT-MS), com R$ 1,2 milhão; e Tião Viana (PT-AC), também com R$ 1,2 milhão.

A Secretaria de Relações Institucionais afirmou que o empenho de emendas segue a média histórica dos últimos anos.

Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Fim da estabilidade de servidores públicos seria uma saída respeitosa ao gargalo de crescimentoe diminuição de gastos.
Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
É errado fazer essa divisão de quem merece mais ou quem merece menos, pois, a princípio, todos os partidos são iguais. No entanto, nós sabemos disso, que, se o DEM ou o PSDB estivesse no poder, ele também iriam fazer a mesma coisa. Isso sempre existirá nessa política pobre que é a brasileira. 1 opinião
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Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
VIVA O PMDB: ESTÁ SEMPRE PRONTO PARA PREJUDICAR O POVO. QUE SAUDADE DE ULISSES
GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
sem opinião
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