Lula confirma que enviará reforma tributária ao Congresso em fevereiro

Depois do compromisso firmado com a oposição para o envio da reforma tributária ao Congresso em 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta quinta-feira que pretende encaminhar a proposta de mudanças no sistema tributário nacional em fevereiro do ano que vem. Lula disse, porém, que caberá ao Congresso Nacional discutir o texto que será aprovado pelos parlamentares.

"Não vou enviar antes de fevereiro. É uma decisão do Congresso, não é uma proposta do Executivo. Eu tenho provocado os partidos para que eles façam [a reforma tributária]", disse Lula.

Na opinião do presidente, o Executivo tem o papel de enviar o texto para a análise da Câmara e do Senado --mas os parlamentares têm autonomia para discutir de forma independente as mudanças que serão implementadas após o fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

O compromisso do envio da reforma tributária ao Congresso em 2008 foi uma das contrapartidas impostas pela oposição para aprovar a prorrogação da DRU (Desvinculação das Receitas da União) no plenário do Senado nesta quarta-feira.

Após o líder Romero Jucá (PMDB-RR) garantir ao DEM e PSDB que Lula vai encaminhar a proposta ao Congresso em fevereiro --assim como não vai editar um pacote econômico para compensar as perdas da CPMF--, a oposição decidiu ajudar a aprovar a DRU.

Otimismo

Lula disse que sua expectativa para o cenário econômico em 2008 é ampliar a geração de empregos, com a estabilidade do país. "O governo não vai dar nenhum passo atrás das conquistas que tivemos neste ano. Quem em 2011 o Brasil esteja infinitamente melhor do que o Brasil que eu herdei", afirmou.

Em um tom otimista, o presidente disse que vai encerrar o ano "feliz" pelas ações que afirma ter conquistado ao longo de 2008. "Há mais dinheiro circulando, as pessoas estão com maior poder de compra. Ainda temos muitos problemas pela frente, mas o Brasil já encontrou o seu caminho. Só peço a compreensão de todos para que a gente trabalhe cada vez mais."