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14/03/2008 - 20h41

Movimentos sociais protestam por energia mais barata

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SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) de Pernambuco invadiu nesta sexta-feira, pela segunda vez nesta semana, a fazenda Serraria, em Caruaru (132 km de Recife), área reivindicada pelo movimento há mais de dez anos.

Segundo a Polícia Militar, cerca de cem agricultores ligados ao movimento participaram da ação. Na quarta-feira, a PM disse ter cumprido uma reintegração de posse determinada pela Justiça e retirado as famílias pacificamente da área.

O MST disse que hoje pela manhã as famílias foram cercadas pela PM na fazenda. O subcomandante da PM na região, João Emanuel Leite, disse que policiais estiveram no local apenas para confirmar a ação e negou que tenha havido uma tentativa de intimidação contra os sem-terra.

O MST divulgou também que cem famílias invadiram a fazenda Carnaúba, em Ibimirim (350 km de Recife), mas a Polícia Militar não confirmou a ação. A Superintendência do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) não havia sido informada oficialmente das ações até a tarde de hoje.

MAB

O MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) deu seqüência hoje, com menos intensidade, à série de manifestações para marcar o dia internacional de luta contra as barragens.

Em Estreito (763 km de São Luís), manifestantes do MAB e da Via Campesina continuavam acampados em frente ao canteiro de obras da usina hidrelétrica. Segundo Cirineu Rocha, um dos coordenadores do movimento, a mobilização deve seguir pelo menos até a próxima terça-feira, quando está marcada uma reunião intermediada pelos ministérios públicos Federal e Estadual do Maranhão.

De acordo com o Ministério Público do Estado, será criado um fórum permanente de discussão dos impactos do empreendimento.

A coordenação do MAB disse que ocorreram protestos hoje em Uruaçu (273 km de Goiânia) e em Porto Alegre e Erechim (391 km de Porto Alegre), para pressionar as distribuidoras de energia a concederem descontos na conta de energia elétrica dos consumidores de baixa renda.

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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