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MST faz protestos em cinco Estados pela reforma agrária
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da Folha Online
Os trabalhadores rurais do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) realizam protestos e ocupações de terras em cinco Estados pela reforma agrária e para cobrar investimentos públicos em assentamentos do governo federal.
O movimento reivindica assentamento das 150 mil famílias acampadas, a criação de uma linha de crédito efetiva para produção de assentados e o atendimento da demanda de construção de mais de 100 mil unidades de habitações rurais.
"A reforma agrária está emperrada no país por causa da política econômica, que beneficia as empresas do agronegócio, concentra terras e verbas públicas para a produção de monocultura para exportação. O governo precisa apoiar a pequena e média produção agrícola para fortalecer o mercado interno, garantir a produção de alimentos para a população e a preservação do meio ambiente", afirmou José Batista de Oliveira, da coordenação nacional do MST.
Em Pernambuco, os sem-terra ocuparam três áreas na manhã de sábado. Segundo o MST, são mais de 13 mil famílias acampadas no Estado, vivendo debaixo de lona em 132 acampamentos.
No interior de São Paulo, na região de Bauru, 600 famílias ocupam uma área de 5.400 mil hectares desde sábado. Segundo o MST, a área é utilizada para o plantio de eucalipto e cana-de-açúcar e está no centro de uma região com 10 mil hectares de terras reconhecidas como devolutas. Além disso, 15 mil hectares de terras são improdutivos no município. As famílias reivindicam que as áreas se transformem em assentamentos. Atualmente, 1.600 famílias estão acampadas no estado.
Em Roraima, 500 trabalhadores rurais ocuparam na manhã de sexta-feira um fazenda do governo federal de 4.000 mil hectares. Os trabalhadores já montaram barracas e pretendem ficar até que as reivindicações sejam atendidas pelos governos.
Na Bahia, cerca de 550 famílias do MST ocupam a Fazenda Bela Manhã, do grupo Aracruz Celulose, em Teixeira de Freitas, desde 5 de abril.
No Pará, trabalhadores mutilados e as viúvas dos agricultores assassinados no massacre de Eldorado do Carajás acampa em frente ao Palácio dos Despachos, sede do governo do Estado, desde segunda-feira.
Abril vermelho
As manifestações tiveram início no começo do mês e integram a Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária --o "abril vermelho" em memória do massacre de Eldorado do Carajás (PA), em 1996.
No próximo dia 17 completa 12 anos do massacre de Eldorado do Carajás, quando 19 sem-terra foram mortos em um confronto com a Polícia Militar. Todos os anos, o MST faz mobilizações para lembrar a data.
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Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
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Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
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