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MST monta acampamento próximo a estrada de ferro da Vale no Pará
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SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha
Cerca de 600 pessoas ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e ao movimento dos garimpeiros do Pará estão acampadas no município de Parauapebas (836 km de Belém), próximo à Estrada de Ferro Carajás, segundo o Comando da Polícia Militar do Estado.
O acampamento começou a ser criado há uma semana e está sendo monitorado pela PM.
A Vale, empresa proprietária da ferrovia, divulgou uma nota na qual afirma que há uma "ameaça anunciada e iminente" de invasão à estrada de ferro e repudia a prática criminosa.
A ferrovia já foi invadida por integrantes do MST em outubro de 2007. O movimento protestava contra a atuação da mineradora e reivindicava a reestatização da empresa, privatizada em 1997. Ontem, a reportagem não conseguiu falar com lideranças do MST.
No próximo dia 17 completa 12 anos do massacre de Eldorado do Carajás, quando 19 sem-terra foram mortos em um confronto com a Polícia Militar. Todos os anos, o MST faz mobilizações para lembrar a data.
O comandante da PM no Pará, Luiz Ruffiel, disse que unidades da PM, entre eles o batalhão de choque, além de policiais civis e da Polícia Rodoviária Estadual, estão se deslocando para a região de Marabá (568 km de Belém), no sudeste do Estado, para uma operação preventiva, feita tradicionalmente neste época do ano.
"Temos uma operação a ser feita em toda a região, não necessariamente em Parauapebas. Estamos indo para Marabá para uma operação de saturação, com contingente de várias unidades da Polícia Militar, Polícia Rodoviária, Detran e Polícia Civil", disse Ruffiel.
Segundo o comandante da PM, a operação na região é motivada pela aglomeração de pessoas na região para as manifestações contra o massacre.
"Sempre aumentamos o contingente na área para dar a proteção necessária. Onde há um grande número de pessoas pode haver a possibilidade de furto ou de roubo contra estas pessoas", disse Ruffiel.
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Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
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Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
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