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09/04/2008 - 21h19

MST monta acampamento próximo a estrada de ferro da Vale no Pará

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SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha

Cerca de 600 pessoas ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e ao movimento dos garimpeiros do Pará estão acampadas no município de Parauapebas (836 km de Belém), próximo à Estrada de Ferro Carajás, segundo o Comando da Polícia Militar do Estado.

O acampamento começou a ser criado há uma semana e está sendo monitorado pela PM.

A Vale, empresa proprietária da ferrovia, divulgou uma nota na qual afirma que há uma "ameaça anunciada e iminente" de invasão à estrada de ferro e repudia a prática criminosa.

A ferrovia já foi invadida por integrantes do MST em outubro de 2007. O movimento protestava contra a atuação da mineradora e reivindicava a reestatização da empresa, privatizada em 1997. Ontem, a reportagem não conseguiu falar com lideranças do MST.

No próximo dia 17 completa 12 anos do massacre de Eldorado do Carajás, quando 19 sem-terra foram mortos em um confronto com a Polícia Militar. Todos os anos, o MST faz mobilizações para lembrar a data.

O comandante da PM no Pará, Luiz Ruffiel, disse que unidades da PM, entre eles o batalhão de choque, além de policiais civis e da Polícia Rodoviária Estadual, estão se deslocando para a região de Marabá (568 km de Belém), no sudeste do Estado, para uma operação preventiva, feita tradicionalmente neste época do ano.

"Temos uma operação a ser feita em toda a região, não necessariamente em Parauapebas. Estamos indo para Marabá para uma operação de saturação, com contingente de várias unidades da Polícia Militar, Polícia Rodoviária, Detran e Polícia Civil", disse Ruffiel.

Segundo o comandante da PM, a operação na região é motivada pela aglomeração de pessoas na região para as manifestações contra o massacre.

"Sempre aumentamos o contingente na área para dar a proteção necessária. Onde há um grande número de pessoas pode haver a possibilidade de furto ou de roubo contra estas pessoas", disse Ruffiel.

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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