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17/04/2008 - 20h39

MST realiza ações em 15 Estados e no DF para lembrar 12 anos do massacre de Carajás

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da Folha Online, no Rio e em SP

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) promoveu nesta quinta-feira uma série de protestos e ocupações para lembrar os 12 anos do massacre de Eldorado dos Carajás (PA), que resultou na morte de 19 sem-terra. As ações incluíram invasão de propriedades da Vale, prédios do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), agências do Banco do Brasil, uma hidrelétrica em Sergipe, além de bloqueio de rodovias e praças de pedágio.

Hoje, integrantes do MST realizaram ações no Distrito Federal e em mais 15 Estados: Santa Catarina, São Paulo, Roraima, Pernambuco, Maranhão, Rio Grande do Sul, Ceará, Sergipe, Paraná, Paraíba, Pará, Rio de Janeiro, Piauí, Minas Gerais e Rio Grande do Norte. As ações fazem parte do chamado "abril vermelho".

A Vale informou que integrantes do MST invadiram hoje a sede administrativa da mineradora, em Belém (PA) e a EFC (Estrada de Ferro dos Carajás), em Parauapebas. O MST, porém, nega a ocupação da estrada de ferro.

Em nota, o movimento explica que a obstrução dos trilhos da EFC foi realizada pelo MTM (Movimento dos Trabalhadores na Mineração) "que faz uma série de protestos para denunciar a exploração da Vale e exigir a retomada de parte da área". No entanto, o movimento admitiu ter invadido a sede da mineradora durante 15 minutos.

A ocupação do prédio da Vale durou 15 minutos e já foi encerrada. A ocupação da EFC também já acabou.

Além da ação na Vale, o MST invadiu invadiu as sedes do Incra em Imperatriz (MA), Chapecó (SC), Petrolina (PE), Natal (RN) e uma regional de Brasília (DF). Já as agências do BB ocupadas são de Sorocaba e Andradina --ambas no interior de São Paulo.

Em Teresina (PI), os manifestantes ocuparam uma agência da Caixa Econômica Federal e, em seguida, protestaram em frente à sede no Incra na capital. Outra manifestação foi realizada no Incra do Rio de Janeiro.

No Rio, ministro Edison Lobão (Minas e Energia) não descartou utilizar o Exército para prevenir um possível acirramento der ânimos nas áreas que vem sendo invadidas pelo MST.

Lobão disse que o Exército encontra-se nas proximidades da hidrelétrica de Xingó (SE) e garantiu que a invasão da ferrovia de Carajás, da Vale, foi equacionada.

O ministro admitiu o uso do Exército para que se evite "atitudes impensadas" e citou o cerco à hidrelétrica de Xingó como exemplo.

"Evidente que o patrimônio do povo brasileiro precisa ser preservado. O governo não deseja um acidente neste percurso e está agindo com prudência que lhe cumpre e a firmeza como deve fazer", observou.

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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