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Temporão pressiona Congresso por nova CPMF e critica oposição por empobrecer debate
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
O ministro José Gomes Temporão (Saúde) pretende dedicar esta quarta-feira a fazer um corpo-a-corpo junto aos deputados federais. O esforço do ministro é para tentar garantir a aprovação da CSS (Contribuição Social da Saúde) com alíquota de 0,10% --cuja proposta está prevista para ser votada ainda hoje na Câmara dos Deputados.
Segundo Temporão, a estratégia da oposição de obstruir ou levar o assunto até o STF (Supremo Tribunal Federal) é empobrecer o debate e a questão da saúde como um todo.
"Não estou preocupado com recursos judiciais", afirmou Temporão. "Eu acho que seria ruim para o Brasil porque o que seria a solução para a saúde para milhões de brasileiros se transformar em uma guerra jurídica. Isso seria pobre, seria ruim, seria uma coisa pequena. Eu acredito na grandeza dos legisladores no sentido de garantir a vida e a assistência médica", disse.
O ministro confirmou que o financiamento da emenda 29 (que amplia os recursos para a saúde) deve vir de uma associação de instrumentos que é a criação da CSS e a elevação dos impostos sobre cigarros e bebidas. Sem detalhar como será o aumento dos impostos sobre fumo e álcool, Temporão defendeu as propostas e criticou quem defende que há outros meios de sustentar a execução da emenda sem novas fontes de recursos.
"Do jeito que a emenda 29 está hoje é uma ficção porque determina despesas, mas não estabelece fontes", disse o ministro. "Temos de tentar construir um chão sólido por onde caminhar."
Temporão rebateu os deputados que integram a Frente Parlamentar da Saúde que condenam a criação da nova contribuição e o aumento de impostos sobre fumo e álcool. Sem entrar na polêmica, o ministro disse apenas que a frente é "abstrata" numa referência à falta de sustentação do grupo.
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), marcou para esta quarta-feira a votação da emenda 29 e conseqüentemente da CSS. A oposição, formada pelo PSDB, DEM, PPS e PSOL, informou que pretende obstruir a votação em protesto à criação da nova contribuição.
Como ocorreu na primeira etapa de votações da emenda 29, quando Temporão foi à Câmara e conversou com os deputados em defesa da medida. Hoje ele disse que pretende fazer o mesmo e também afirmou que seu gabinete estará aberto para receber parlamentares e discutir o assunto.
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Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
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GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
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