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Defesa de Heráclito vai entrar com representação contra Protógenes
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Os advogados do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), Délio Lins e Silva e Délio Lins e Silva Júnior, devem protocolar nesta terça-feira uma representação contra o delegado Protógenes Queiroz na Corregedoria da Polícia Federal e na direção geral do órgão, por causa do vazamento de dados do inquérito da Operação Satiagraha.
Protógenes deixou na última sexta-feira o comando das investigações da operação. Os advogados reclamam da conduta da PF no caso, uma vez que o nome do senador foi divulgado como supostamente envolvido com o banqueiro Daniel Dantas em meio ao sigilo das investigações.
A defesa critica o vazamento de informações ao afirmar que a instituição "sempre vaza" elementos colhidos nas investigações "com o único e claro escopo de prejudicar a imagem de outras pessoas, não envolvidas na apuração".
Os advogados afirmaram que estão dispostos a ingressar com todas as representações necessárias sempre que houver vazamento de informações envolvendo o senador.
A defesa de Heráclito vai ter acesso hoje à íntegra do inquérito da Operação Satiagraha, depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou que o parlamentar receba cópia do material. O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, permitiu que o senador tenha acesso ao inquérito uma vez que Heráclito é citado nas investigações.
Os advogados do senador vão tirar cópias do inquérito para esclarecer se Heráclito está sendo investigado pela PF na Operação Satiagraha. Reportagem da Folha afirma que entre os interlocutores políticos do banqueiro Daniel Dantas que apareceriam nas conversas telefônicas gravadas pela PF durante a operação estaria o nome de Heráclito.
O nome do senador apareceria supostamente no relatório da Operação Satiagraha em dois momentos: em uma conversa grampeada com Guilherme Sodré Martins, apontado como lobista do grupo Opportunity, e no suposto organograma da organização criminosa desmontada pela PF como um dos articuladores políticos do esquema.
No pedido encaminhado ao STF, Délio Silva argumenta que o nome do senador foi envolvido no caso de forma "ilegal, precipitada e irresponsável" --motivo que o levou a solicitar a íntegra do inquérito ao tribunal.
Foro privilegiado
A decisão do STF de permitir o acesso do senador aos inquéritos da Operação Satiagraha abriu espaço para que as investigações iniciadas em São Paulo parem no tribunal, em Brasília.
Como a operação corre em segredo de Justiça, o senador só poderia ter acesso aos autos sendo ele próprio um investigado. Foi exatamente com esse argumento que Mendes concedeu o pedido a Heráclito, segundo reportagem da Folha.
Apesar de ser citado em grampos da operação da PF, Heráclito não é formalmente investigado. Como congressista --que tem foro privilegiado no STF--, ele só poderia ser alvo de alguma investigação com a expressa autorização do Supremo, algo que nunca ocorreu.
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Imagine aquela estatual que representa a justiça como ela realmente deveria sr. A balança que ela segura estaria pendendo para o lado em que a bandeja estaria cheia de ouro e a venda nos olhos é transparente. Esta é a justiça brasileira. Besta de quem acha que dinheiro não compra qualquer coisa.
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