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26/07/2008 - 08h41

MST faz protestos pelo país contra "criminalização" da luta pela terra

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da Agência Folha

Além de invadir a fazenda do grupo Opportunity no Pará, sem-terra ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) fizeram uma série de protestos para marcar o "dia do trabalhador rural" e para protestar contra a "criminalização" da luta pela terra.

Em Alagoas, integrantes do MST, da CPT (Comissão Pastoral da Terra) e do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra) fizeram uma manifestação em frente ao cartório de Murici --cidade do senador Renan Calheiros (PMDB-AL)-- contra a grilagem de terras.

A tabeliã do município é investigada pela Justiça por suspeita de irregularidades no registro de propriedades rurais, que teriam beneficiado o deputado federal Olavo Calheiros (PMDB-AL), irmão de Renan.

Em Fortaleza, cerca de 1.100 integrantes do MST fizeram uma marcha até a sede do Ministério Público Estadual, onde protestaram contra a "criminalização" do movimento pelo Judiciário, e foram recebidos pela procuradora-geral de Justiça, Socorro França.

Em Recife, MST e CPT promoveram um ato público em frente ao Ministério Público Federal para protestar contra a "criminalização das lutas e dos movimentos sociais". Em Petrolina (780 km de Recife), os sem-terra realizaram manifestação em frente à sede da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), contra a venda de lotes para a implantação de projetos de irrigação "voltados ao agronegócio".

Em João Pessoa, 800 militantes ligados ao MST que estavam na sede do Incra desde segunda-feira saíram em marcha pelas ruas da cidade.

Em Sergipe, cerca de 16 mil sem-terra de todo o Estado, segundo o MST, participaram de caminhada na BR-101 até o centro de Aracaju. A Polícia Rodoviária Federal disse que o movimento não causou congestionamento na pista.

No Rio Grande Sul, o MST informou que cerca de 600 integrantes do movimento invadiram anteontem à noite o prédio da superintendência do Incra em Porto Alegre.

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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