Publicidade
Publicidade
Delegado Protógenes Queiroz vai adiar depoimento para a CPI do Grampo
Publicidade
GABRIELA GUERREIRO
RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
O delegado Protógenes Queiroz, afastado do comando da Operação Satiagraha, da Polícia Federal, vai adiar o seu depoimento à CPI das Escutas Telefônicas da Câmara, marcado para amanhã. Protógenes deve encaminhar atestado médico à CPI nesta terça-feira para justificar a ausência, mas já comunicou extra-oficialmente integrantes da comissão que não estará presente amanhã para depor.
A estratégia do delegado é adiar o depoimento para escapar dos "holofotes" da comissão, uma vez que considera nos bastidores que já teve a imagem desgastada na operação.
A Folha Online apurou que Protógenes pretende apresentar como argumento à CPI problemas de saúde para não se desgastar junto ao Congresso.
Inicialmente, o delegado chegou a pensar em apresentar como justificativa o curso, no período integral, que realiza em escola da PF, em Brasília --mas foi alertado de que o motivo poderia não ser aceitos pelos parlamentares.
A sua participação no curso foi a justificativa apresentada pela cúpula da PF para o afastamento de Protógenes da Operação Satiagraha, embora o delegado tenha revelado em conversas com interlocutores que foi forçado a deixar o caso após 'excessos' supostamente cometidos nas investigações.
O delegado foi convocado a prestar depoimento à CPI, por isso sua presença na Câmara seria obrigatória --com exceção para casos "excepcionais", como problemas de saúde. Integrantes da CPI ouvidos pela Folha Online esperam que Protógenes encaminhe esta tarde à secretaria da comissão os motivos formais para a sua ausência no depoimento.
Depoimento
Protógenes foi convocado para esclarecer detalhes sobre as investigações e a pressão que sofreu pela cúpula da PF para deixar a Operação Satiagraha. A oposição se preparou pra questionar o delegado sobre denúncia publicada pela Folha de que a PF recebeu senhas, na operação, para monitorar o histórico de chamadas não apenas dos investigados, mas de qualquer assinante do país.
O acesso às senhas foi autorizado pela 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, mas não está previsto na lei n.º 9.296 --que rege o uso de escutas telefônicas em investigações criminais.
Além disso, integrantes da CPI também querem esclarecer detalhes sobre as escutas telefônicas realizadas pela PF na Operação Satiagraha.
A expectativa dos integrantes da comissão é que o depoimento do delegado seja remarcado ainda para agosto.
Leia mais
- CPI discute manobra para conseguir no STF dados de teles sobre grampos de 2007
- Teles obtêm liminar no STF para não enviar escutas a CPI
- Juiz diz que restringiu acesso a informações telefônicas aos investigados na Satiagraha
- Relator da CPI do Grampo quer ver decisão que autorizou acesso irrestrito a ligações
- Polícia Federal obteve acesso irrestrito para monitorar telefonemas
- Tarso nega que PF tenha recebido autorização para realizar grampos irrestritamente
Livraria da Folha
- Frederico Vasconcelos ensina como investigar governos, empresas e tribunais
- Cientista traça perfil social e político da Câmara em livro
- Livro mostra como se tornar advogado, escolher carreira e conseguir primeiro emprego
- Livros abordam temas políticos, sociais e históricos e ajudam a entender o Brasil
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice
Imagine aquela estatual que representa a justiça como ela realmente deveria sr. A balança que ela segura estaria pendendo para o lado em que a bandeja estaria cheia de ouro e a venda nos olhos é transparente. Esta é a justiça brasileira. Besta de quem acha que dinheiro não compra qualquer coisa.
avalie fechar
avalie fechar
avalie fechar