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13/10/2008 - 15h29

Garibaldi decide ouvir integrantes da Mesa sobre punição para nepotismo

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), vai repassar à Mesa Diretora da Casa Legislativa a decisão sobre eventuais punições aos parlamentares que não cumprirem a determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) de exonerar parentes contratados sem concurso público.

Garibaldi decidiu ouvir os integrantes da Mesa sobre a prática do nepotismo depois que somente 35 dos 81 senadores responderam a uma consulta sobre o número de parentes empregados na Casa.

Apesar de evitar punições imediatas aos parlamentares, o senador negou que esteja sendo condescendente com os colegas que resistem em informá-lo sobre o número de parentes empregados no Legislativo. Mas admitiu ser "compreensivo" com os parlamentares.

"Eu não estou sendo leniente, estou procurando apenas colocar a Casa em uma posição de responsabilidade perante a lei, sem ofender os colegas, mas fazendo vê-los que todo mundo é obrigado a cumprir a lei", afirmou.

Garibaldi reconheceu que não pode punir senadores por não terem informado a direção-geral do Senado sobre o número de parentes contratados. E admitiu dificuldades para aplicar punições aos que não cumprirem a súmula do STF, que decretou o fim do nepotismo nos três Poderes.

"O que a Mesa recomendar durante reunião amanhã, vou adotar. A lei é para ser cumprida, vamos cumpri-la. O regimento do Senado tem um vazio jurídico e a súmula não diz que cabe ao presidente do Senado fazer valer a lei. Eu apenas quero prevenir eventuais ações contra a Casa", afirmou.

Garibaldi disse acreditar que muitos senadores não responderam à sua consulta por causa das campanhas para as eleições municipais. "Eu não posso aumentar o prazo para o levantamento. Mas se alguns não encaminharam, foi por conta das campanhas. Vou esperar pouquíssimo tempo e fazer um apelo para encerra logo isso", afirmou.

O prazo para os senadores encaminharem a Garibaldi a lista de parentes contratados na Casa terminou na última sexta-feira. Só 35 senadores responderam ao comunicado. Do total, dois enviaram consultas com dúvidas sobre a permanência dos familiares na Casa, enquanto os demais negaram a existência de nepotismo.

A Folha Online apurou que ao menos 35 pessoas ligadas a 18 senadores foram demitidas de setembro a outubro.

Exceções

Entre as consultas encaminhadas a Garibaldi, está a do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), que questiona o fato de sua sobrinha ter sido contratada para o Senado em 1997 --antes dele assumir o mandato na Casa Legislativa.

O presidente do Senado disse acreditar que, no caso de Cafeteira, a contratação do parente pode ser mantida. "Há dúvidas em relação a essa situação, há possibilidade dele [Cafeteira] ter razão. Acredito que a situação dele não esteja desobedecendo a súmula do STF", afirmou.

Além dos parentes dos senadores, Garibaldi disse que vai analisar os casos de familiares de funcionários do Senado contratados sem concurso. Duas filhas da secretária-geral da Mesa do Senado, Claudia Lyra, trabalham na liderança do PMDB no Senado, sob o comando do líder Valdir Raupp (PMDB-RO) --o que motivou Garibaldi a analisar os casos dos servidores.

"Vou recomendar à diretoria-geral do Senado para levantar a situação dos servidores. É prerrogativa minha nomear e demitir servidores. O senador Raupp não fez nenhuma consulta em relação aos servidores, cabe à diretoria da Casa tomar as providências", afirmou Garibaldi.

Comentários dos leitores
helio marinho (39) 07/01/2010 01h42
helio marinho (39) 07/01/2010 01h42
Se fizer um estudo profundo e sem isenção, a de se observar que fazer poltica no Brasil é função secundária,fazendo bico,a maioria dos parlamentares são diretamente ou indiretamente donos das maiores empresas de bens e serviços,bem como,as grandes fazendas ,as grandes construtoras,ou seja, todos os grandes conglomerados produtivos ativos,estão de certa maneira, ligados na sua maioria a parlamentares de uma forma ou de outra,a aspiração politica é algo que atende aos interesses proprios,e nunca aquilo que se aprende e ensinado nos livros de Teoria Geral do Estado(TGE) ou Ciencia Politica(CP),é bem duvidoso que os"politicos"saibam da existencia pratica de tais conhecimentos propedeuticos,pois,chega-se as raias do absurdo da ignorancia,fica muito dificil de acreditar,que quem tenha tais conhecimentos aja da maneira como agem os parlamentares Brasileiros,é como senão tivessem responsabilidade sobre seus feitos,sua ações e atos ou coisa alguma,as proprias controversias definitivamente mostram a falta de discernimento e clareza das proprias atitudes,são absolutamentes inunes;fraldam,extravia,mentem,roubam,formam quadrilhas e esquemas,torturam e matam,simplesmente assim,e aí de alguem se for falar alguma coisa; e as grandes preoculpações e discursões dos tribunais de justiça,é saber se pode ou não usar algemas;Deus que País é esse chamado Brasil? sem opinião
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Manoel Ferreira Jr (37) 10/12/2009 09h33
Manoel Ferreira Jr (37) 10/12/2009 09h33
Creio que ninguém em sã consciência tem essa pretensão, Lucia Reyes. Sarney é forte demais. Fraco é o nosso país. O Maranhão, coitado, pena at´hoje por ter sido seu berço. Prova disso é que está aí até hoje. Certo é que alguma coisa houve pra que a mistura entre os palanques da Praça da Sé e o pessoal da ARENA acontecesse. Ou talvez e mais provável é que não fossem tão diferentes assim.
De qualquer forma, parabéns pela sua coerência! Só desejo sinceramente que ela não seja fruto de um ato secreto qualquer!
1 opinião
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Maria Paula (3) 10/12/2009 09h31
Maria Paula (3) 10/12/2009 09h31
Será que esse povo não se cansa de ficar desenterrando denúnicas contra o bigode não? sem opinião
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