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Justiça condena líder ruralista no Paraná por porte ilegal de arma
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LUIZ CARLOS DA CRUZ
colaboração para a Agência Folha
A juíza Gabrielle Britto de Oliveira, da 1ª Vara Criminal de Toledo (PR), condenou o presidente licenciado da SRO (Sociedade Rural do Oeste do Paraná), Alessandro Meneghel, a cinco anos de reclusão, em regime semiaberto, por porte ilegal de arma de fogo.
Sob o comando de Meneghel, a SRO iniciou uma resistência às invasões de terra no oeste do Paraná, com o slogan "para cada invasão, uma reação". A primeira ação ocorreu em novembro de 2006 quando um grupo de fazendeiros tentou impedir uma marcha organizada por integrantes do MST que participavam da 1ª Jornada de Educação na Reforma Agrária do Paraná, em Cascavel.
Com cavalos e tratores, eles bloquearam o acesso dos ônibus que transportavam os sem-terra até a fazenda Syngenta, onde ocorreria uma manifestação. Houve confronto e várias pessoas ficaram feridas.
O então líder do MST, Valmir da Mota, conhecido como Keno, foi assassinado dois anos depois em um confronto entre sem-terra e seguranças da mesma fazenda. Um segurança da fazenda também morreu.
Prisão
Meneghel foi preso pela Polícia Militar em 2 de janeiro. Seu advogado vai recorrer na segunda-feira, quando será impetrado um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Paraná para que o réu possa recorrer em liberdade.
A defesa vê equivoco na decisão judicial pelo fato de a juíza ter somado as condenações. Meneghel foi condenado a dois anos de reclusão por porte ilegal de arma e outros três por porte de arma de uso restrito.
Por causa da prisão, Meneghel se licenciou da presidência da SRO. Ele foi preso ao ser parado em uma blitz de trânsito em Toledo. Na caminhonete dele havia uma pistola 380 e uma carabina calibre ponto 30, além de munição. No momento da prisão, o ruralista disse que, devido a ameaças de morte, costumava andar armado.
Ele também responde a processos por supostamente criar milícias armadas para promover reintegrações de terras invadidas no oeste do Paraná.
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Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
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Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
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