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29/07/2009 - 13h14

PSOL descarta apresentar representação contra Arthur Virgílio no Senado

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O PSOL descartou nesta quarta-feira apresentar representação ao Conselho de Ética do Senado contra o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), acusado de ter recebido um empréstimo do ex-diretor-geral da Casa Agaciel Maia, de manter um funcionário fantasma em seu gabinete e ter ultrapassado limites com gastos de saúde.

A presidente do PSOL, Heloísa Helena, disse que o partido defende que as investigações se concentrem neste momento sobre o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

"Às vezes, quando se dispersam muitas representações, há o abraço dos afogados que se juntam e não fazem nada", afirmou. O senador José Nery (PSOL-PA) disse que o Senado deve "priorizar" as investigações solucionando "cada caso, cada denúncia".

O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), se articula para apresentar representação contra Virgílio em represália às denúncias que o tucano encaminhou ao Conselho de Ética sobre Sarney.

De acordo com reportagem da revista "IstoÉ", Agaciel teria depositado na conta de Virgílio US$ 10 mil quando o senador teve problemas com o cartão de crédito numa viagem particular a Paris, em 2003. A revista diz ainda que o Senado teria pago R$ 723 mil pelo tratamento de saúde da mãe dele, quando o regimento permite gasto anual de R$ 30 mil.

A estratégia defendida por aliados do presidente do Senado seria dividir a responsabilidade pela crise e constranger Virgílio. O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), afirmou que não teme retaliação dos aliados do presidente do Senado ao tucano.

Parlamentares

Além da denúncia contra Virgílio, o PSOL também descartou apresentar representações contra outros parlamentares suspeitos de envolvimento em irregularidades.

Os aliados do presidente do Senado preparam contra-ataque à ofensiva do PSDB, do DEM e de senadores que prometem novas representações contra o peemedebista no Conselho de Ética.

Senadores ligados a Sarney encomendaram a assessores a elaboração de representações por quebra de decoro parlamentar contra colegas. A ideia é dividir a responsabilidade pela crise que atinge a imagem da instituição com outros senadores. Podem ser alvo de representação, assim como Virgílio, os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF), Efraim Morais (DEM-PB) e Tião Viana (PT-AC).

A estratégia dos senadores próximos ao presidente do Senado é intimidar opositores que insistirem em desgastar ainda mais a imagem do peemedebista. Eles também seriam levados ao colegiado na tentativa de diminuir a pressão contra Sarney.

Viana foi constrangido por ter emprestado o telefone celular do Senado para sua filha utilizar a em viagem de férias ao México. A conta do celular foi de R$ 14.758,07 e o senador afirmou que devolveu os recursos.

Cristovam foi envolvido no escândalo dos atos secretos porque sua mulher, Gladys Pessoa de Vasconcelos Buarque, servidora da Câmara há mais de 26 anos, teria sido nomeada, por uma decisão sigilosa, assistente parlamentar, em janeiro de 2007, na liderança do PDT, partido do senador.

Morais pode ser representado pelas denúncias de irregularidades na administração dos contratos terceirizados do Senado durante sua gestão na primeira secretaria da Casa.

Comentários dos leitores
Freddy Grandke (250) 02/02/2010 10h27
Freddy Grandke (250) 02/02/2010 10h27
"servidores que ameaçam recorrer à Justiça contra a implantação do novo sistema por meio do Sindilegis (Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas da União)".
Quer dizer que apesar de ser funcionário "público" eles não querem estar sob controle. Demitam todos e ai eles vão ver como era bom ser funcionário público.
sem opinião
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Washington Marques (129) 02/02/2010 09h57
Washington Marques (129) 02/02/2010 09h57
A Galera que vai trabalhar na campanha dos senadores para a releição ficaram fora do ponto eletronico. No Senado Federal, quanto maior o cargo do funcionário e do Senador, é que a fiscalização tem que ser maior, uma vez que na rede da tranbicagem peixe pequeno não entra. sem opinião
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Plinio Vieira Soares (2) 01/02/2010 22h54
Plinio Vieira Soares (2) 01/02/2010 22h54
É lamentavel que o ex presidente Jose Sarney nao tenha o menor apesso pela sua biografia; Um politico sem carisma, que para se manter no poder negociou com todos os governos possiveis e aceitou as maiores torpezas podia ao menos na velhice respeitar o papel de homem da transiçao democratica e nao terminar assim como uma das maiores vergonhas da classe politica.
Esta promessa de ponto eletronicao é como a de reforma administrativa no Senado, se o Senado fosse uma empresa ja teria quebrado, sua eficiencia é vergonha para os cidadãos.
Se nosso sistema politico exigisse um numero minimo de votos sem os quais nao se elegeriam um politico poderiamos ter uma camara com 500, ou com 400, ou 300 ou 200 representaantes.
O ex presidente deveria se retirar para Ilha do Calhau e rezar para que o país o esquecesse.
sem opinião
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