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06/08/2004
-
02h30
PEDRO DIAS LEITE
da Folha de S.Paulo
De um lado, centenas de militantes petistas, telão para assistir ao debate, caminhão de som com jingle de campanha. Do outro, oito militantes tucanos, que logo foram embora. Pouco antes do início do debate, só restava Francisco José Pansiga Júnior, 27, pré-candidato a vereador sem legenda e primeiro suplente do diretório do PSDB no Campo Limpo.
Militantes do PT confirmaram ter recebido R$ 500 por mês, vale-transporte pago por meio do Bilhete Único (R$ 51 a cada 15 dias), tíquete de R$ 7 por dia. Para completar, um dia e meio de folga para compensar a "jornada noturna". Duas militantes disseram ainda receber dinheiro de programas sociais da prefeitura, além do salário mensal pela militância.
Confrontado com a estrutura petista, o militante do PSDB que restava confessou que se sentia "desanimado". A seguir, engatou um discurso de que a sigla de José Serra era o primeiro partido "socialista" do Brasil. Na sua opinião, o PT é "cooperativista e comunista". A Folha apurou que a ordem para que não houvesse militantes partiu da campanha tucana.
Eram três as ruas de acesso à sede da Band, uma ocupada inteiramente pelos petistas, outra dividida entre o tucano solitário e cerca de 30 militantes do PSB de Luiza Erundina e a terceira rachada por malufistas e partidários de Paulinho (a maioria nessa via).
Os militantes do PDT também confirmaram receber dinheiro para fazer a campanha, mas menos que os petistas. São R$ 400 por mês e tíquete de R$ 5. Passe, só para quem não tem carro. Do lado malufista, estavam 20 integrantes da escola de samba Rosas de Ouro, que chegou a empolgar a torcida de Paulinho. Uma das pessoas da campanha de Maluf chegou a confirmar que a escola tinha sido contratada, mas, depois que o repórter se identificou, disse estar lá por amizade ao vice do ex-prefeito Salim Curiati.
Quando começou o debate, os militantes de todos os partidos foram embora, menos os petistas, que assistiram ao confronto até o final, no telão instalado no local.
Horas antes do início do debate, os petistas, que já ocupavam toda a rua, gritavam palavras de ordem agressivas do caminhão de som. "Os tucanos vão tomar uma surra lá dentro. E, se aparecerem aqui, vão tomar outra surra aqui fora." A frase remete àquela dita por José Dirceu em campanha anterior, que acabou sendo usado pelo PSDB depois que Mário Covas (1930-2001) foi agredido.
O único início de confusão ocorreu quando cerca de 20 motoboys, com camisetas de Maluf, passaram no meio da galera petista, fazendo provocações. A Polícia Militar, no entanto, interveio logo, terminando com o problema.
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Motoboys malufistas hostilizam petistas
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da Folha de S.Paulo
De um lado, centenas de militantes petistas, telão para assistir ao debate, caminhão de som com jingle de campanha. Do outro, oito militantes tucanos, que logo foram embora. Pouco antes do início do debate, só restava Francisco José Pansiga Júnior, 27, pré-candidato a vereador sem legenda e primeiro suplente do diretório do PSDB no Campo Limpo.
Militantes do PT confirmaram ter recebido R$ 500 por mês, vale-transporte pago por meio do Bilhete Único (R$ 51 a cada 15 dias), tíquete de R$ 7 por dia. Para completar, um dia e meio de folga para compensar a "jornada noturna". Duas militantes disseram ainda receber dinheiro de programas sociais da prefeitura, além do salário mensal pela militância.
Confrontado com a estrutura petista, o militante do PSDB que restava confessou que se sentia "desanimado". A seguir, engatou um discurso de que a sigla de José Serra era o primeiro partido "socialista" do Brasil. Na sua opinião, o PT é "cooperativista e comunista". A Folha apurou que a ordem para que não houvesse militantes partiu da campanha tucana.
Eram três as ruas de acesso à sede da Band, uma ocupada inteiramente pelos petistas, outra dividida entre o tucano solitário e cerca de 30 militantes do PSB de Luiza Erundina e a terceira rachada por malufistas e partidários de Paulinho (a maioria nessa via).
Os militantes do PDT também confirmaram receber dinheiro para fazer a campanha, mas menos que os petistas. São R$ 400 por mês e tíquete de R$ 5. Passe, só para quem não tem carro. Do lado malufista, estavam 20 integrantes da escola de samba Rosas de Ouro, que chegou a empolgar a torcida de Paulinho. Uma das pessoas da campanha de Maluf chegou a confirmar que a escola tinha sido contratada, mas, depois que o repórter se identificou, disse estar lá por amizade ao vice do ex-prefeito Salim Curiati.
Quando começou o debate, os militantes de todos os partidos foram embora, menos os petistas, que assistiram ao confronto até o final, no telão instalado no local.
Horas antes do início do debate, os petistas, que já ocupavam toda a rua, gritavam palavras de ordem agressivas do caminhão de som. "Os tucanos vão tomar uma surra lá dentro. E, se aparecerem aqui, vão tomar outra surra aqui fora." A frase remete àquela dita por José Dirceu em campanha anterior, que acabou sendo usado pelo PSDB depois que Mário Covas (1930-2001) foi agredido.
O único início de confusão ocorreu quando cerca de 20 motoboys, com camisetas de Maluf, passaram no meio da galera petista, fazendo provocações. A Polícia Militar, no entanto, interveio logo, terminando com o problema.
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