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11/05/2005 - 16h19

Lula deseja sorte aos povos palestinos e iraquianos

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FELIPE RECONDO
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desejou nesta quarta-feira sorte aos povos palestinos e iraquianos. Durante discurso de encerramento da Cúpula América do Sul-Países Árabes, o presidente brasileiro disse que a paz é como um jogo de paciência, como um xadrez: ao mesmo tempo em que se tem pressa para conquistá-la é preciso ter paciência para aproveitar as oportunidades políticas.

"A paz é a única coisa que pode permitir a construção de um mundo harmonioso", disse o presidente, que dedicou boa parte do seu discurso aos problemas do mundo árabe.

Ele destacou que o Brasil contestou as invasões no Iraque porque achava que poderia haver mais negociações, e afirmou que a realização da cúpula demonstra que é possível construir um mundo sem guerra, sem muros, sem fronteiras ideológicas, racistas, preconceituosas, econômicas e culturais.

Mesmo com as declarações de apoio da cúpula à causa palestina expressas na Declaração de Brasília, documento hoje aprovado pelos membros da cúpula, Lula evitou comentar se o documento poderia prejudicar as relações do Brasil com Israel ou com os Estados Unidos.

Em tom diplomático, o presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, que fez um dircurso contudente ontem, defendendo a causa palestina, disse não acreditar que o Brasil e outros países que participaram da cúpula queiram "deixar deteriorar de uma forma ou de outra sua relação com Israel". Segundo ele, Israel e Palestina estão negociando a criação de dois estados e não haveria motivo para um país ser culpado pela situação do outro.

O presidente do Peru, Alejandro Toledo, também disse que evitaria fazer "ruído" sobre o assunto. "Não vamos entrar e provocar o confronto. O que a América do Sul quer é a paz", disse.

Interesses comuns

Otimista, Lula disse que a realização desta primeira cúpula marcará o novo momento histórico nas relações entre a América do Sul e o mundo Árabe. "Muito mais do que as perspectivas comerciais imediatas, o mais importante foi que nós nos conhecemos, percebemos o quanto somos parecidos, o quanto temos interesses comuns", avaliou.

Ao justificar as viagens internacionais que fez desde o início do seu governo em busca de novos mercados, criticadas pela oposição, o presidente disse não imaginar "uma saída individual para qualquer país do mundo". Segundo ele, um país pode ter petróleo, muito minério de ferro, pode ter ouro, diamante, mas tudo isso tem fim. "O que não acaba nunca serão as relações sólidas que formos capazes de construir enquanto estivermos no governo", afirmou.

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